Empresa de segurança acusada de tentar "limitar" a actividade sindical no Seixal

Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria e Vigilância considera que os Serviços de Operação e Vigilância atentaram contra o livre exercício da actividade sindical de um trabalhador.

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Ministro Miguel Macedo apresentou várias propostas para segurança privada Foto: Nelson Garrido

O Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria e Vigilância acusou esta quarta-feira, no Seixal, os Serviços de Operação e Vigilância (SOV) de pretender "limitar a actividade" de um delegado sindical. As afirmações foram negadas pela empresa de segurança.

Luís Leitão, da União de Sindicatos de Setúbal, disse à agência Lusa que o trabalhador é delegado sindical e exercia funções no MST em Corroios, tendo sido "dispensado do dever de assiduidade" e mais tarde transferido. "Foi considerado que estávamos perante uma má prática da empresa, que poderia ser considerada como um atentado ao livre exercício da actividade sindical na empresa. Como não foi possível resolver através do diálogo, o sindicato avançou para o tribunal", afirmou.

Segundo o dirigente sindical, a empresa propôs um compromisso para solucionar o conflito, que foi aprovado pelos trabalhadores e pelo sindicato, mas refere que não está a ser cumprido. "Foi feito um acordo e não está a ser cumprido. A empresa não pode pretender que o trabalhador não exerça a sua actividade sindical e agora está a ameaçar com o despedimento por extinção do posto de trabalho", frisou.

Tiago Prado, advogado da empresa SOV, disse à Lusa que houve um problema operacional no local de trabalho do delegado sindical, mas referiu que a empresa está a cumprir o acordado entre as partes. "Por uma questão operacional deixou de ter posto de trabalho, mas foram criadas as condições para que pudesse exercer a sua actividade sindical. Penso que houve uma confusão entre o permitir o acesso ao local para desempenhar as funções de delegado sindical e o readmitir o trabalhador no local", explicou.

Tiago Prado, que se mostrou surpreendido com o protesto desta quarta-feira, referiu que no local, no MST de Corroios, se registou a extinção de dois postos de trabalho por uma questão operacional. "Registou-se a perda de um cliente e houve a extinção de dois postos de trabalho, não foi um caso específico deste trabalhador. A empresa já colocou à sua consideração um determinado posto de trabalho e estamos agora a aguardar pela sua resposta", concluiu.     

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