Quem são os dois candidatos à privatização da TAP?

Foram apresentadas três propostas para comprar a companhia, mas apenas duas passam à fase de negociação.

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Daniel Rocha

David Neeleman, dono da Azul, Germán Efromovich, que controla o grupo sul-americano Avianca, vão passar à fase de negociação de propostas com o Governo. O empresário português Miguel Pais do Amaral ficou pelo caminho.

David Neeleman
Nascido no Brasil, mas filho de norte-americanos, o empresário construiu um verdadeiro império no sector da aviação, com destaque para a Azul (Brasil) e para a low cost Jetblue (EUA). Acredita que a TAP tem capacidade para crescer, sobretudo no mercado norte-americano, mas sabe que a transportadora aérea precisa de mudanças profundas, nomeadamente ao nível da oferta, da frota e da eficiência dos trabalhadores. Na proposta que entregou , conta com o empresário português Humberto Pedrosa, dono do grupo de transportes Barraqueiro, e com a capital de risco norte-americana Cerberus. Neeleman viu-se obrigado a formar um consórcio porque é proibido que os investidores de fora do espaço comunitário controlem companhias de aviação europeias. A estrutura accionista que apresentou será analisada por uma sociedade de advogados que o Governo contratou para o efeito, a Freshfields, para garantir que cumpre as regras europeias.

Gérman Efromovich
Dono do grupo sul-americano Avianca, regressou com uma proposta depois de a primeira tentativa de compra ter fracassado em 2012, por decisão do Governo. Nascido na Bolívia, o empresário também já tinha nacionalidade colombiana e brasileira e pediu o passaporte polaco para concorrer à TAP, o que não o dispensou de encontrar parceiros. Quer fazer da companhia de aviação nacional a ponte de que precisa para crescer na Europa, mas pode partir com desvantagem fruto de alguns anticorpos que criou em Portugal. No entanto, também tem bons argumentos do seu lado, como o facto de a Avianca pertencer à mesma aliança estratégica do que a TAP, a Star Alliance. A intenção deste investidor é diminuir a exposição da companhia ao Brasil e alargá-la a mais mercados na América.

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