Maria Arménia Carrondo é presidente da FCT só até Dezembro

Investigadora vai terminar o mandato iniciado por Miguel Seabra.

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Maria Arménia Carrondo DR

A nova presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Maria Arménia Carrondo, que tomou posse a 20 de Abril na sequência da demissão de Miguel Seabra, está mandatada para esse cargo apenas até ao final de Dezembro. Esta revelação surge ao ler-se, no Diário da República (DR), a resolução do Conselho de Ministros que nomeia a nova presidente do conselho directivo da FCT.

A demissão de Miguel Seabra foi anunciada a 7 de Abril, em comunicado do Ministério da Educação e Ciência (MEC), mencionando-se “razões pessoais”. A nomeação de Maria Arménia Carrondo como presidente da FCT – investigadora e professora catedrática, que até aí coordenava o grupo de Cristalografia Macromolecular do Instituto de Tecnologia Química e Biológica, em Oeiras, pertencente à Universidade Nova de Lisboa, e já era consultora do conselho directivo da FCT presidido por Miguel Seabra – foi aprovada em Conselho de Ministros a 16 de Abril. Nesse dia, o MEC anunciou, também em comunicado, a designação de Maria Arménia Carrondo e referiu que permanecia em funções a restante equipa directiva da FCT, composta pelo vice-presidente Pedro Cabrita Carneiro e os vogais Paulo Pereira e João Nuno Ferreira.

Miguel Seabra tinha tomado posse como presidente da FCT em Janeiro de 2012, por um mandato de três anos. A integração da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) na FCT levou à tomada de posse de um novo conselho directivo, com mais um membro, em Dezembro de 2013, para o triénio 2013-2015. Assim, só em Dezembro deste ano, já depois das eleições legislativas, é que se completariam os três anos do seu mandato e seria a altura de nomear um novo conselho directivo.

A demissão de Miguel Seabra, muito criticado sobretudo pelos cortes no número de bolsas individuais de doutoramento e pós-doutoramento atribuídas pela FCT e pela forma como decorreu a avaliação aos centros de investigação, tinha dado ao actual Governo a possibilidade de fazer essa nomeação para os próximos três anos para a instituição que gere grande parte do dinheiro público da ciência portuguesa. Mas, com a publicação da resolução do Conselho de Ministros no DR, a 29 de Abril, ficou a saber-se que não foi isso que aconteceu. Maria Arménia Carrondo vai apenas terminar o mandato iniciado por Miguel Seabra.

“Atendendo a que o presidente do conselho directivo da FCT apresentou a renúncia ao cargo em 7 de Abril de 2015, torna-se necessário proceder à nomeação de um novo presidente para o referido órgão, para completar o mandato em curso, correspondente ao triénio 2013-2015, que termina no dia 31 de Dezembro de 2015”, lê-se, reiterando-se mais à frente que o Conselho de Ministros resolveu nomear Maria Arménia Carrondo “para completar o mandato em curso”.

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