MP abre inquérito tutelar educativo a menores suspeitos de agressões

Polícia identificou todos os intervenientes na situação nas horas que se seguiram à divulgação do vídeo. Entre os intervenientes estão cinco raparigas e três rapazes entre os 15 e os 19 anos. A vítima tem agora 17 anos.

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Foi neste local na cidade da Figueira da Foz que o jovem foi agredido Adriano Miranda

O caso das agressões filmadas a um jovem na Figueira da Foz vai ser investigado pelo Ministério Público em dois inquéritos diferentes. Relativamente aos menores de 16 anos, foi instaurado um “inquérito tutelar educativo no Ministério Público da Figueira da Foz”, confirmou ao PÚBLICO a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Por outro lado, “foi também apresentada no Ministério Público do DIAP da comarca de Coimbra uma participação, relativamente aos maiores de 16 anos, pelas agressões e pela divulgação das imagens”, segundo a Procuradoria.

O esclarecimento da PGR surge após a divulgação de um vídeo no Facebook em que duas adolescentes surgem a agredir um rapaz numa rua na Figueira da Foz.  O vídeo, com cerca de 13 minutos, foi gravado em Junho do ano passado numa altura em que os alunos estavam em férias escolares.

Fonte da PSP adiantou que a polícia identificou todos os intervenientes na situação nas horas que se seguiram à divulgação do vídeo. Entre os intervenientes estão cinco raparigas e três rapazes entre os 15 e os 19 anos. A vítima tem agora 17 anos.

O PÚBLICO questionou a PGR sobre qual o tipo de crime em causa, mas não recebeu qualquer esclarecimento sobre isso. Porém, fonte policial adiantou ao PÚBLICO que relativamente aos agressores maiores de 16 anos estarão em causa crimes de sequestro e ofensa à integridade física. O crime de sequestro é de natureza pública. Não depende, por isso, de queixa, como aconteceria se o crime fosse semipúblico. Nesse caso, o direito de apresentar queixa já teria caducado, uma vez que os factos ocorreram há mais de seis meses. Os restantes jovens, menores de 16 anos, verão os seus processos correr no Tribunal de Família e Menores de Coimbra.

Na noite desta terça-feira, depois da publicação do vídeo no Facebook, pelo menos dois progenitores de duas das envolvidas decidiram ir à PSP para dar conta do sucedido.

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