Greenpeace lança app para verificar presença de ingredientes transgénicos

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A soja ou o milho são alguns dos produtos que estão na aplicação para telemóvel Paulo Pimenta

A organização ecologista Greenpeace anunciou esta quarta-feira o lançamento de uma aplicação (app) para telemóvel, na China, que permite detectar alimentos que contenham ingredientes transgénicos. O objectivo é levar os consumidores a pressionarem as empresas a colocarem etiquetas que indiquem o uso desses produtos.

A organização explica que a app Detetive OGM vai usar a base de dados da Greenpeace Ásia Oriental, que inclui 3011 produtos geneticamente modificados, para verificar se o alimento examinado contém ou não vestígios de organismos manipulados geneticamente.

A soja, o milho, a couve-nabiça, comida para bebé, produtos lácteos, doces e alimentos para lanches são alguns dos produtos que estão disponíveis no registo da Greenpeace e na aplicação para telemóvel, que pode ser actualizada para que o utilizador detecte novos produtos sempre que forem incluídos na base de dados.

A organização ambientalista garante que a lei chinesa requer rótulos de advertência sempre que os produtos alimentares, ou seus respectivos derivados resultem de organismos geneticamente modificados (OGM).

Citado no comunicado, o responsável pela campanha de Alimentação e Agricultura da Greenpeace na Ásia Oriental, Wang Jing, disse que a app visa "proteger os direitos dos consumidores, e dar-lhes o direito de escolher e saber o que estão a consumir".

"Actualmente, a China permite a importação de culturas geneticamente modificadas, tais como soja, milho e couve-nabiça, produtos que podem ser provavelmente utilizados como matéria-prima para a nossa comida diária", acrescentou Wang.

Na segunda, a filial do grupo ambiental no leste da Ásia denunciou a venda de arroz geneticamente modificado, uma cultura que é proibida na China, e alertou para a falta de rótulos com advertências em quase um terço dos produtos existentes nos supermercados.

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