Marcelo, Rio e Marques Mendes debaixo do mesmo tecto: o que vai acontecer?

Reforma do sistema político é o assunto que este sábado junta os três sociais-democratas na Biblioteca de Santa Maria da Feira.

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Marcelo Rebelo de Sousa e Marques Mendes Daniel Rocha

O primeiro debate sobre a reforma do sistema político que a JSD está a organizar acontece neste sábado à tarde na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira e com três pesos pesados do partido. Marcelo Rebelo de Sousa e Marques Mendes integram o primeiro painel intitulado Revitalizar a Democracia. Segue-se Rui Rio,que estará sozinho no segundo painel Sistema Eleitoral: Reformas para a Confiança na Representação. Na mesma sala, estarão dois possíveis candidatos da Direita à Presidência da República. Resta saber se o tema será ou não abordado pelos intervenientes. No entanto, não é essa a intenção da JSD.

Marcelo Rebelo de Sousa e Rui Rio estarão na mesma sala, debaixo do mesmo tecto, mas em painéis diferentes. Uma estratégia para evitar um frente a frente entre os dois nomes mais falados para avançar pelo PSD à Presidência da República? Cristóvão Simão Ribeiro, presidente da JSD Nacional, garante que não há qualquer estratégia em colocar Marcelo e Rio em momentos diferentes do debate.

“É apenas uma questão de agenda”, revela ao PÚBLICO, esclarecendo que Rui Rio só teria disponibilidade para comparecer mais tarde e que inicialmente a ideia era fazer uma mesa-redonda com os intervenientes. A agenda de Rio não terá permitido esse formato. “Não há qualquer estratégia por detrás disso”, assegura.

Seja como for, o assunto presidenciais está quente e tem marcado a actualidade política. Marques Mendes já disse que Marcelo Rebelo de Sousa seria o candidato da direita com melhores condições para ganhar à primeira volta as eleições de 2016. Marcelo só deverá anunciar a sua decisão depois das legislativas, que terão lugar em Outubro.

Mas depois do comentário de Marques Mendes, Marcelo referiu que o candidato melhor posicionado para vencer as presidenciais seria Rui Rio. Rio, por seu turno, tem mantido o silêncio sobre se avança ou não e há quem diga que a sua posição será conhecida ainda este mês.

Simão Ribeiro adianta que os oradores foram convidados por serem “destacados militantes do PSD”, com conhecimentos técnicos sobre as matérias em análise, e que as presidenciais não são, neste momento, um assunto que esteja na linha da frente.

E quem apoiará a JSD? “Não é um tema prioritário neste momento. Não tomamos uma decisão se não sabemos que nomes estarão oficialmente disponíveis”, refere. “Há-de haver um tempo para discutir as presidenciais”, acrescenta.

Agora, e com as iniciativas que pretende promover, o responsável sustenta que a ideia de debater a reforma do sistema político - “a reforma das reformas”, na sua opinião - passa por reflectir o défice de participação na vida pública e política, sobretudo dos jovens, analisar questões, reunir sugestões que serão apresentadas ao partido e à Assembleia da República.

“O sistema político pode, em determinados aspectos, ser melhorado para conferir uma maior capacidade de decisão aos cidadãos”, afirma, revelando que gostaria de contar com o cardeal patriarca D. Manuel Clemente no ciclo de debates da JSD.

A abertura da conferência de sábado da JSD conta com a intervenção de Luís Montenegro, presidente do Grupo Parlamentar do PSD. As conclusões estão a cargo de Luís Rebelo, director do Gabinete de Estudos da JSD. No encerramento, estão Marcos António Costa, vice-presidente do PSD, Simão Ribeiro, presidente da JSD, e Ulisses Pereira, presidente da Distrital do PSD de Aveiro. 

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