"Deus queira que na TAP não aconteça o que aconteceu noutros países"

Presidente da República diz recear que a companhia tenha de passar por uma reestruturação profunda por causa da greve.

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"Deus queira que na TAP não aconteça aquilo que aconteceu noutros países da União Europeia", disse Cavaco Daniel Rocha

O Presidente da República admitiu nesta quinta-feira que a greve de dez dias dos pilotos da TAP poderá ter como consequência o despedimento de trabalhadores, lembrando situações semelhantes em outras companhias aéreas europeias.

"Deus queira que na TAP não aconteça aquilo que aconteceu noutros países da União Europeia, em que as companhias de aviação foram forçadas a realizar despedimentos muito significativos e a cortar nas rotas. Mas, pelas informações que disponho neste momento, começo a recear que algo semelhante possa vir a acontecer na TAP", afirmou Cavaco Silva.

O Presidente da República falava aos jornalistas no final de uma visita ao Comando Conjunto para as Operações Militares (CCOM), órgão do Estado-Maior General das Forças Armadas Portuguesas, em Oeiras.

Já o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, voltou nesta quinta-feira a criticar a greve, afirmando, durante uma visita à Ovibeja, que “o país inteiro censura aquilo que é um abuso”.

Reagindo à decisão do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, o governante disse não confundir a direcção de um sindicato com o profissionalismo dos pilotos. Mesmo assim, não deixou de lançar um apelo aos representantes dos pilotos: “Pensem no país. Pensem no turismo, na economia. Pensem na empresa. Não contribuam para a destruir” ao fazer uma greve de dez dias que “dá cabo da tesouraria” da TAP, que é “uma marca importante para Portugal”.

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