Empresários detidos por exploração de imigrantes em Coimbra

Buscas efectuadas em duas empresas revelam diversos casos de imigrantes ilegais trazidos para Portugal com falsas propostas de trabalho

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Sindicato do SEF denuncia que Governo se recusa a negociar Foto: Rui Gaudêncio

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou, esta segunda-feira, que foram constituídos arguidos dois empresários, no âmbito de acções de combate à criminalidade associada à exploração de imigrantes realizadas no fim-de-semana no distrito de Coimbra.

Numa das situações, na cidade de Coimbra, o SEF informa que "foram realizadas buscas a uma residência, viaturas e sede de duas empresas utilizadas para a elaboração de contractos de trabalho fictícios com cidadãos estrangeiros, os quais serviriam para, com base em vínculos laborais na prática inexistentes, suportar o processo de regularização fraudulenta de imigrantes ilegais".
 
Acrescenta ainda que "as empresas alvo das buscas, com dívidas avultadas à Segurança Social, eram reincidentes neste tipo de práticas irregulares, tendo nos locais sido apreendido um substancial volume de documentos relacionados com os crimes em investigação, além de diverso material informático", explicando que o responsável pelas mesmas se trata de um cidadão estrangeiro, com cerca de 40 anos, "sob o qual pendia uma medida para procedimento cautelar, foi constituído arguido".
 
Numa nota à imprensa, o SEF adianta que, ainda no distrito de Coimbra, "foram realizadas buscas em estabelecimento e áreas residenciais associadas, culminando investigações relacionadas com o auxílio à imigração ilegal e lenocínio".
 
"Para além da apreensão de matéria ligada à prática dos ilícitos investigados, foram detectadas três cidadãs em situação ilegal em território nacional, duas delas notificadas para abandono voluntário do país no prazo de 20 dias, sob pena de incorrerem em procedimento coercivo de afastamento e uma terceira, porque reunia condições para se regularizar, notificada a comparecer no SEF", esclarece esta força policial.
 
Neste caso, também, "a pessoa responsável pela gestão e exploração do estabelecimento foi constituída arguida", uma mulher com cerca de 40 anos.

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