Reclamadas melhores condições na residência universitária de Santa Tecla, Braga

Estudantes querem mais ligações em autocarro para o campus da universidade e para o centro da cidade.

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A residência de Santa Tecla fica a uma grande distâbcia do campus de Braga da Universidade do Minho Hugo Delgado

Os estudantes que vivem da residência universitária de Santa Tecla, em Braga, querem mais transportes para a Universidade do Minho, reclamam contra o aumento das senhas nas cantinas e exigem condições para prepararem as próprias refeições.

Um grupo de estudantes explicou, esta quinta-feira à tarde em conferência de imprensa, que "há poucos" autocarros a fazerem o percurso entre a residência e o campus da universidade, assim como para o centro da cidade, o que os obriga, principalmente aos alunos de pós-laboral, a fazerem o percurso a pé.

O grupo está agora a preparar um abaixo-assinado a subscrever pelo " maior grupo de alunos possível" para entregar na reitoria da Universidade do Minho, na Associação Académica, na Câmara Municipal e na empresa municipal TUB, responsável pelos transportes urbanos de Braga.

"A partir das oito da noite não há transportes entre a residência e a universidade o que traz grandes transtornos aos estudantes que saem às 22h30. Isto obriga-nos a vir a pé e este não é o melhor sítio para andar a pé", explicou Virgílio Dias.

Outra das queixas dos estudantes concerne ao preço das refeições nas cantinas da universidade, incluindo nas residências, que aumentou cinco cêntimos este ano letivo. "Cinco cêntimos aqui, mais cinco cêntimos ali são 40 euros por ano. Isto a juntar ao preço das propinas, que já está no máximo, e à redução das bolsas de estudo, dificulta cada vez mais a vida dos estudantes", explicou Inês Laranjeira.

Os estudantes querem, por isso, condições para cozinhar as próprias refeições. "Pedimos pelo menos um fogão por piso e mais frigoríficos. Vivem 16 estudantes, em média, por piso, e existem apenas dois frigoríficos para guardar comida. Não chega", explicou Virgílio Dias.

Segundo o grupo, a Associação Académica e a reitoria "sabem destas queixas mas até agora não fizeram nada", pelo que o próximo passo será a dinamização de um abaixo-assinado."Queremos juntar o máximo de estudantes possível nestas reivindicações para entregarmos à Câmara, à Reitoria, à AAUM e também aos TUB, já que são eles os responsáveis pelos horários dos autocarros", explicaram.

O grupo quer ainda mais camas em residências universitárias. "A Universidade do Minho só tem 836 camas para mais de 18 mil estudantes, menos 3% de quartos para albergar os estudantes deslocados. Não chega", afirmou Inês Laranjeira. O acesso às residências universitárias é feito por concurso no início de cada ano letivo e o preço a pagar varia entre os 70 e os 100 euros mensais.

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