Devolvam-nos a Brava

Restituam-nos os canais da Brava. Nós pagamos e agradecemos.

Vou à tv.sapo.pt ver o que há hoje no esplêndido canal Brava HDTV. Às 15h10m há Joshua Bell no festival Verbier; às 19h59m é a Luísa Miller de Verdi e das 23h01m à 01h16m é a Rise and Fall of the City of Mahagonny de Weill e Brecht.

A Brava HDTV fazia parte do pack canais Mais HD da NOS. Por apenas 2,50 euros por mês tinha-se o prazer de ver e ouvir a Brava, a Mezzo Live HD, a iConcerts HD e mais 7 canais HD. Saía a 25 cêntimos por mês por canal ou, caso só fosse espectador dos três canais musicais mencionados (apesar do iConcerts ser mau mas esporadicamente bom), por 83 cêntimos cada um: menos de 3 cêntimos por dia.

Só há um problema: a NOS, sem dizer nada aos assinantes, decidiu acabar com a Brava HDTV. Apesar da frustração e da tortura de ver a programação na Sapo, não há, desde o dia 1 de Abril, Brava HDTV para ninguém.

No MIPTV de Cannes deste ano - há uns 4 ou 5 dias - o mesmo valentíssimo canal holandês Brava anunciou que vai lançar um novo canal chamado Festival 4K que transmitirá 6 horas diárias de música clássica com imagem Ultra HD (de 4K e, eventualmente, 8k) com uma saída áudio de Dolby 5.1. Queremos! Já! Custe o que custar! Nem que sejam os 10 euros que os aficionados pagam pela Toros TV.

As imagens vão ser ainda mais nítidas para quem tem televisores 4K enquanto o som vai continuar a ser rasca para quem só disponha do som do televisor.

Seja como fôr, restituam-nos os canais da Brava. Nós pagamos e agradecemos.

Sugerir correcção
Comentar