Directora de lar de infância de Reguengos de Monsaraz detida por abuso sexual

O tribunal aplicou, entre outras, as medidas de coacção de suspensão de funções e de proibição de contactos com os menores da instituição.

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A directora técnica de um lar de infância e juventude de Reguengos de Monsaraz foi detida, esta semana, por suspeita dos crimes de abuso sexual e maus-tratos, revelaram neste sábado à agência Lusa fontes ligadas ao processo.

As fontes indicaram que a mulher, psicóloga, foi detida na última terça-feira e presente a primeiro interrogatório judicial, ficando a aguardar o desenrolar do inquérito em liberdade.

O tribunal aplicou, entre outras, as medidas de coacção de suspensão de funções e de proibição de contactos com os menores da instituição, adiantaram as mesmas fontes.

Segundo as fontes ligadas ao processo, a psicóloga era directora técnica do Lar Nossa Senhora de Fátima da Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, que acolhe crianças e jovens em risco.

A mulher detida por alegada prática de crimes de abuso sexual e maus-tratos era a representante da Santa Casa da Misericórdia na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do Concelho de Reguengos de Monsaraz.

Na sequência deste caso, a representante da Misericórdia na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens vai ter de ser substituída, disse à Lusa fonte desta comissão.

A detenção da directora técnica do lar foi feita no âmbito de um inquérito dirigido por uma equipa composta por elementos do Ministério Público (MP) de Reguengos de Monsaraz e do Departamento e Investigação e Acção Penal (DIAP) de Évora. No âmbito do inquérito, as autoridades realizaram na terça-feira buscas, pelo menos, em instalações da Misericórdia. Nesta operação, o MP solicitou a colaboração da GNR.

O lar em causa pertence à Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz desde 1980. Tem vagas para 40 crianças e jovens, com idades entre os 3 e os 18 anos de idade, que dão entrada após aplicação de medida de promoção e protecção de acolhimento em instituição pelo tribunal ou pela comissão de protecção de crianças e jovens em risco, lê-se no site da instituição.

Na página institucional diz-se ainda que aqui são acolhidos “crianças e jovens com trajectórias de vida de risco, provenientes de vários pontos do país, e privados de meio familiar ‘normal’, devido a situações de perigo diversas e a carências socioeconómicas.”

"Ao nível do pessoal conta com 20 colaboradores, onde se inclui uma equipa técnica constituída por uma psicóloga, uma técnica de serviço social e duas educadoras sociais", acrescenta-se.

Notícia acrescentada às 18h41

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