Esta meia maratona tem bifes e doces nascidos e criados em Arouca

Depois de percorrerem montes e vales, os atletas são convidados a encher-se de posta arouquesa e barrigas de freira.

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CED já promoveu 39 eventos com 15 mil atletas Paulo Pimenta

É mais do que um dois em um e está marcado para o próximo sábado, 11 de Abril. Pede-se cinco sentidos em alerta máximo e solicita-se a colaboração de pernas, braços, pulmões e estômagos. Trata-se de uma meia maratona com um percurso de 21,1 quilómetros em asfalto por montanhas, entre Arouca e Alvarenga, e tem o sugestivo nome Da Posta ao Bife.

Esta corrida ou caminhada - os participantes podem escolher uma das modalidades - pretende incentivar a prática desportiva com os músculos em acção e, ao mesmo tempo, mostrar e divulgar o que de melhor o território de Arouca tem para oferecer e que não é coisa pouca.

Durante o percurso, os atletas podem vislumbrar as serras de Montemuro e da Freita, colocar o olho em paisagens de cortar a respiração, e apreciar belos troços do rio Paiva, ex-libris natural de um pedaço de território conhecido como a “zona das montanhas mágicas”. E depois de dar às pernas e encher a alma com cenários desenhados a dedo pela natureza, há bife no prato, ou seja, a famosa posta de carne arouquesa, conhecida na região e além-fronteiras, bem como doçaria conventual tradicional de Arouca - leia-se pão-de-ló, castanhas e morcelas doces, barrigas de freira, cavacas, charutos de amêndoa – nos restaurantes de Alvarenga.

Os atletas interessados na vertente gastronómica têm vários restaurantes à escolha e a organização assegura o transporte até às quatro da tarde. No final da corrida, os participantes recebem uma medalha e o primeiro homem e a primeira mulher a cortar a meta levam uma taça para casa. 

Luís Novais Machado, da Congresstur, que organiza congressos e eventos, admite que o nome da corrida salta à vista e que o baptismo encaixa que nem uma luva. “É uma corrida que tem o conceito desportivo, um carácter saudável, mas que não se fica por aí. Uma das riquezas da região é a gastronomia, em Arouca chama-se posta ao bife e daí surgiu o nome”, adianta. E não será um contra-senso colocar um bife no prato e doces à sobremesa numa meia maratona? “Não é um contra-senso é o senso todo. A maioria dos atletas gosta de repor as energias depois de uma corrida e Alvarenga é o sítio ideal para o fazer”, responde.  

A estreia da iniciativa, que conta com a parceria da Câmara de Arouca, tem Manuela Machado como madrinha e que poderá calçar as sapatilhas para palmilhar o asfalto que serpenteia montanhas. As inscrições estão abertas e já há mais de 100 pessoas interessadas em inaugurar o percurso Da Posta ao Bife. No programa está a corrida de 21,1 quilómetros e uma caminhada não competitiva de cinco quilómetros. A primeira parte de Arouca às 10h00, a segunda sai de Alvarenga à mesma hora. A primeira demorará, no máximo, três horas e meia. A segunda cerca de hora e meia e está aberta à participação de todos que tenham pernas para o passeio. Na corrida, há vários escalões para homens e mulheres que tenham 20 ou mais anos e condições físicas para aguentar a competição. Na caminhada, todos podem participar, não há qualquer limitação etária nem classificação no final. Os participantes começam a ser recebidos a partir das sete da manhã no mercado de Arouca e no campo de futebol de Alvarenga.

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