Cem parabéns

Não há luto: só saudades boas.

Hoje é o centenário de Billie Holiday. Leia-se The Art of Billie Holiday's Life de Richard Brody no site da New Yorker. Fala da biografia de John Szwed que sai esta semana e que, segundo Brody, restitui a veracidade à autobiografia Lady Sings the Blues, da qual Whitney Balliet, o grande crítico de jazz, de 1954 a 2001, da mesmíssima revista New Yorker, não gostou.

Richard Brody escreve sobre cinema para a New Yorker desde 1999 e, para os assinantes forretas da versão iPad (como é o meu caso), é o autor (embora previsivelmente ortodoxo) de pequenas digressões em vídeo sobre filmes invulgarmente bons.

Por exemplo, a pequena peça dele sobre a morte de Manoel de Oliveira (com o título Postcript: Manoel de Oliveira) é entusiasticamente corajosa e inesperada: "In 2003, (atenção à vírgula New Yorker) Oliveira made A Talking Picture the very title of which makes explicit reference to his first-hand experience of modern cinematic marvels, (lá está, outra vez, a vírgula oxoniana) and the substance of which, set in July, 2001, renders it the best movie I've seen that responds to the September 11th attacks." Nem menos...

Eis quem também nasceu em 1915: Frank Sinatra, o antologista Alan Lomax, Rosetta Tharpe, Édith Piaf, Ray Ellington, Les Paul e Donald Mills dos Four Mills Brothers.

Não é uma lista qualquer. Acrescentem-se Roland Barthes, Saul Bellow, Orson Welles, Arthur Miller, Robert Motherwell e Michael Kidd.

Não há luto: só saudades boas.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários