Movimento Agir, de Joana Amaral Dias, faz acordo com PTP

A aliança foi apresentada este domingo em Lisboa e conta concorrer às próximas legislativas com um discurso anticorrupção.

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Miguel Madeira

É a mais recente novidade na política portuguesa. Se tudo correr conforme o planeado, o Partido Trabalhista Português (PTP), legalizado desde 2009, mudará a sua designação para PTP/Ag!r (assim mesmo, com ponto de exclamação no lugar do i) e será esse o nome da lista que se candidatará às próximas eleições legislativas.

As listas do partido incluirão, então, os nomes dos promotores do Ag!r, um movimento que é dinamizado por Joana Amaral Dias e Nuno Ramos de Almeida. Esta é a base, porque explica Ramos de Almeida, “o acordo está aberto a outros movimentos sociais e partidos políticos”.

Este domingo, às 18 horas, os dois principais rostos do Ag!r sentaram-se ao lado de Daniela Serralha e Amândio Madaleno, do PTP, na apresentação pública do acordo.

No seu “Compromisso”, agora tornado público, o movimento afirma: “Não vimos para unir a esquerda, muito menos para a dividir, estamos aqui para dizer que perante a necessidade desta revolução democrática, as divisões entre esquerda e direita apenas nos enfraquecem.”

Nuno Ramos de Almeida explica ao PÚBLICO que o Ag!r pretende “unir camadas sociais e políticas diferentes” sem acentuar a divisão “histórica, relevante, esquerda/direita”. Isto porque, prossegue, “grande parte da população sente-se excluída do processo democrático e não se consegue reconhecer nesta representação”.

As principais bandeiras do movimento são o “combate à corrupção”, o “direito a escolher o modelo económico”, “a salvaguarda dos serviços públicos” e “o mais importante: somar gente à democracia”.

Joana Amaral Dias deve ser a cabeça de lista por Lisboa desta candidatura. Nas últimas eleições europeias, em 2014, o PTP obteve 0,69% dos votos. A sua melhor prestação ocorreu em 2011, nas regionais da Madeira, onde a lista encabeçada por José Manuel Coelho conquistou 6,8% e três deputados.<_o3a_p>

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