Identificada célula jihadista com ramificações em várias províncias espanholas

Oito suspeitos de terrorismo detidos numa acção conjunta das autoridades espanholas e dos serviços secretos marroquinos. A operação prossegue.

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Desmantelamento da rede de Ceuta, que estava "preparada para atacar" Reuters

A polícia espanhola deteve na madrugada desta sexta-feira oito pessoas, todas espanholas mas cinco delas com origem marroquina, que integram uma célula que recruta jovens para o Estado Islâmico. A operação destinada a desmantelar o grupo prossegue, anunciou o Ministério do Interior espanhol, citado pelo jornal El País.

As detenções tiveram lugar em Barcelona, Girona, Ciudad Real e Ávila e envolveram a polícia espanhola, a comissão contra o terrorismo e os serviços secretos marroquinos.

Trata-se da terceira operação antiterrorismo em Espanha só este ano. No início de Março, foram detidos em Ceuta dois irmãos "fortemente radicalizados" e "totalmente preparados para atacar", segundo o Ministério do Interior, fazendo estes suspeitos parte de uma célula desmantelada no final de Janeiro, quando foram presos outros quatro suspeitos no bairro Príncipe, considerado um viveiro de recrutamento para o Estado Islâmico.

Na quinta-feira à noite, o juiz Pablo Rus confirmou a prisão dos detidos de Ceuta, acusando-os de delito de integração em organização terrorista, conspiração para realizar atentados em Espanha e posse ilegal de armas. 

As autoridades espanholas adiantaram que os homens agora detidos não têm, à partida, ligação ao grupo relacionado com o bairro do Príncipe em Ceuta, pertencendo a uma outra rede de recrutamento.

A polícia avançou que a maior parte das detenções foi realizada na Catalunha — em Barcelona, L'Hospitalet de Llobregat, Piera e Girona — e que a forma de actuar deste grupo com ramificações por várias províncias é semelhante à de grupos já detectados e desmantelados noutros países da Europa.

O jornal El Mundo diz que desde Janeiro as autoridades espanholas detiveram 40 pessoas suspeitas de serem jihadistas, muitas delas com relações com Marrocos.

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