Arménio Carlos acusa PM de ter a "mentira como dama de companhia"

Líder da CGTP crítica Presidente da República, por ser o principal "apoiante" do Governo.

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A CGTP, liderada por Arménio carlos, promovei hoje várias manifestações a nível nacional. Nuno Ferreira Santos

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse à Lusa que o primeiro-ministro tem a "mentira como dama de companhia" referindo-se às dúvidas sobre a situação fiscal do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

"Esta questão da Segurança Social que envolve o primeiro-ministro, não é um processo isolado, é um processo que está inserido em outra linha de funcionamento pessoal e também político, que ele tem tido ao longo dos anos, porque este primeiro-ministro faz da mentira a sua dama de companhia", disse à Lusa Arménio Carlos durante a manifestação da CGTP em Lisboa.

Para o dirigente da central sindical, que pede a demissão do Governo, Pedro Passos Coelho comportou-se da mesma forma quando anunciou as promessas eleitorais "que deitou para um saco sem fundo".

"Não estamos só a falar de alguém que, neste caso concreto, não assume para si os sacrifícios que quer impor aos outros", afirmou o líder associativo, acrescentando que o Presidente da República é o principal "apoiante" do Governo.

"O que é mais grave é que confirmámos que o Presidente da República é o estratega do desenvolvimento da política do Governo e continua a levar ao colo este Governo, independentemente dos escândalos em que caiu", concluiu o secretário-geral, durante a manifestação da CGTP em Lisboa.

Os trabalhadores dos distritos de Lisboa e de Setúbal manifestam-se hoje em Lisboa, no âmbito de uma jornada de luta da CGTP-IN, em defesa de melhores salários e emprego e contra a desregulação dos horários de trabalho.

A Jornada Nacional de Luta da Intersindical decorre de forma descentralizada, com manifestações e concentrações em todos os distritos do país sob o lema: Romper com a política de direita! Construir uma alternativa de Esquerda e Soberana!

A central sindical convocou o dia de protesto com o objectivo de "prosseguir e intensificar a luta reivindicativa pelo aumento dos salários, pelo emprego e combate à precariedade, pelas 35 horas de trabalho e contra a desregulamentação dos horários".

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