PJ alerta que falsos perfis de mulheres são isco para extorsão nas redes sociais

Polícia diz ter recebido "um número muito elevado" de queixas.

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No Facebook, nem tudo o que parece é Manjunath KIRAN/AFP

Falsos perfis com fotografias de mulheres atraentes estão a servir de isco para convencer pessoas a ceder imagens comprometedoras, cuja ameaça de divulgação serve depois para extorquir dinheiro às vítimas.

O alerta para este crime foi dado nesta sexta-feira pela Polícia Judiciária, que diz ter recebido “um número muito elevado” de queixas relacionadas com este tipo de casos. “Nos últimos tempos, em crescendo, têm sido desenvolvidas investigações que parecem indiciar estar em curso uma massiva forma de extorsão cometida pela Internet, junto de utilizadores das redes sociais”, explica um comunicado da polícia.

De acordo com a informação da PJ, as pessoas que montam o esquema estão “aparentemente sedeadas no estrangeiro” e “sob a capa de uma jovem atraente, estabelecem amizade virtual com indivíduos nas suas contas sociais, como o Facebook”. O passo seguinte é levar a pessoa a ter uma conversa em vídeo. “Habilidosamente, após terem recolhido os elementos que identificam a vítima na rede social e os seus ‘amigos’, a suposta jovem consegue que entrem em contacto directo através de um canal de conversação com vídeo, como o Skype, conduzindo o diálogo de maneira a conseguir imagens que causam grande constrangimento social”.

Uma vez na possa das imagens, os criminosos ameaçam divulgá-las junto da rede de contactos da vítima, a não ser que esta transfira “valores elevados” para pessoas fora de Portugal. “As exigências de transferência de dinheiro vão sendo mantidas, mesmo nas situações em que as vitimas cederam à chantagem, acabando por serem divulgadas as imagens nas redes sociais, sob o pretexto de que a pessoa ali visível é um pedófilo que, daquela forma, assediou crianças”, descreve a PJ.

 

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