As árvores de Santa Luzia, no Porto, não serão as mesmas daqui a um ano

Plano de reorganização paisagista da zona vai prolongar-se por um ano, segundo explica a Câmara do Porto em comunicado.

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Fernando Veludo/nfactos

Os serviços da Câmara do Porto vão retirar, da zona da Urbanização de Santa Luzia, cerca de 200 árvores que estarão a provocar “importantes conflitos” com “os edifícios e outras estruturas urbanas”. As árvores serão substituídas por outras, “mais compatíveis com as estruturas e vivências urbanas”, num processo que vai começar de imediato e prolongar-se por um ano, levando à reorganização “total” dos espaços verdes da zona, anunciou a autarquia em comunicado, esta quarta-feira.

Os problemas naquela zona foram detectados durante as “avaliações periódicas” realizadas pelos serviços municipais, mas também nas “numerosas reclamações de moradores” que a autarquia recebeu ao longo dos anos, explica-se no comunicado. Segundo o documento, as árvores “mais problemáticas” estão “em claro conflito com o edificado e infraestruturas como o abastecimento eléctrico, rega, pavimentos de áreas pedonais e rede viária”. A solução encontrada pela autarquia foi removê-las e substitui-las por outras. Um tipo de carvalho foi a espécie escolhida para substituir as árvores “problemáticas”.

A Câmara do Porto garante que os moradores serão informados do plano em curso, através de sessões de esclarecimento, mas o processo de remoção das árvores vai avançar de imediato. Aliás, a autarquia conta iniciar a retirada das árvores “a curto prazo”, ainda no primeiro trimestre e quer ter também, até ao segundo trimestre do ano, um “estudo de áreas potencialmente arborizáveis”. No Verão (entre Julho e Setembro) deverá avançar-se para a “reorganização dos espaços verdes e pavimentados”. O início das plantações, “garantindo o seu cumprimento em época mais adequada”, só deverá começar no último trimestre de 2015, prolongando-se até à Primavera de 2016.

A autarquia garante que, no final, o número de árvores na zona não será menor do que o actual, explicando no comunicado: “A esta primeira fase de plantação seguir-se-á toda a implementação de um projecto de arquitectura paisagista ainda em estudo, pelo qual se pretende reforçar as plantações arbóreas, capaz de nos conduzir a um espaço arborizado de maior qualidade e segurança”.

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