Minsk alivia tensão e congela a guerra

Depois de 16 horas de negociações, eis que surgiu um novo acordo em Minsk. São três os pontos essenciais: um cessar-fogo que vai entrar em vigor na Ucrânia no domingo; a criação de uma zona desmilitarizada com 50 a 70 quilómetros; e a promessa de uma maior autonomia para as regiões que hoje são dominadas pelos separatistas. Mais quilómetro, menos quilómetro, este novo acordo apadrinhado por Merkel e Hollande é, de resto, quase tirado a papel químico do acordo de Minsk de Setembro passado. E então quais são as garantias de que desta vez será diferente? Poucas. O novo acordo está longe de garantir uma solução de longo prazo para a região. Putin ganha tempo para travar sanções mais gravosas, num ano em que a economia russa deve afundar-se 4%. Poroshenko trava a sangria de uma guerra que já fez mais de 5300 mortos, mas com poucas garantias de que não haverá uma terceira ronda em Minsk.

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