Confiança dos consumidores e clima económico recuperam em Janeiro

INE diz que perpspectivas dos consumidores voltaram ao nível de 2002.

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Quebra do consumo está a pressionar a economia Enric Vives-Rubio

O indicador de confiança dos consumidores portugueses recuperou "de forma ténue" em Janeiro para o valor mais elevado desde Maio de 2002, enquanto o indicador de clima económico interrompeu o perfil negativo, aumentando "ligeiramente", anunciou nesta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo os inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores do INE, o indicador de confiança dos consumidores recuperou, retomando a "acentuada tendência ascendente" observada desde o início de 2013.

Quanto ao indicador de clima económico, aumentou "ligeiramente", interrompendo percurso negativo iniciado em Setembro do ano passado.

De acordo com o INE, no primeiro mês de 2015 o indicador de confiança aumentou na indústria transformadora, na construção e obras públicas e no comércio, tendo-se agravado nos serviços.

Já a recuperação do indicador de confiança dos consumidores reflectiu o contributo positivo das expectativas relativas à evolução da poupança, da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar, "mais expressivo" no primeiro caso.

O aumento "ténue" do indicador de confiança da indústria transformadora teve o contributo positivo das perspectivas de produção e das apreciações sobre a procura global, enquanto as opiniões sobre a evolução dos stocks de produtos acabados contribuíram negativamente.

Quanto ao aumento do indicador de confiança da construção e obras públicas, traduziu uma recuperação das perspectivas de emprego, já que as opiniões sobre a carteira de encomendas agravaram-se.

No comércio, o indicador de confiança recuperou "ligeiramente", reflectindo o contributo positivo das apreciações sobre o volume de vendas e das perspectivas de actividade, "mais significativo" no primeiro caso, tendo as opiniões sobre o volume de stocks contribuído negativamente.

Quanto ao indicador de confiança dos serviços, diminuiu em Janeiro devido ao agravamento das opiniões sobre a actividade da empresa e sobre a evolução da carteira de encomendas, uma vez que as perspectivas de evolução da procura estabilizaram.

Não considerando médias móveis de três meses, o indicador de confiança dos serviços aumentou em Janeiro.

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