O PSD e o CDS manifestaram este domingo o desejo de que a Grécia se mantenha na Europa, mas é o único ponto em comum das mensagens dos dois partidos da coligação. Os centristas vão mais longe e fazem questão de distinguir a situação portuguesa da grega e até ironizam com a derrota do partido socialista homólogo grego, o PASOK.

“Fazemos votos para que este caminho comum continue a ser um projecto partilhado cheio de futuro”, lê-se numa mensagem do PSD, num tom bastante neutro, enviada às redacções, em reacção às eleições legislativas na Grécia que deram a vitória ao Syriza.

O CDS-PP, numa nota assinada pelo porta-voz Filipe Lobo D’Ávila, também partilha do desejo de que a Grécia se mantenha como um “país importante da Europa e da NATO”, mas sublinha a diferença entre os dois países. “A Grécia está na quinta avaliação do segundo resgate. Portugal fez a opção correta de ter um único resgate. A troika está ainda na Grécia. Portugal terminou o seu contrato com a troika no dia 17 de Maio de 2014. Portugal finalizou o seu programa de ajustamento. A Grécia ainda não o fez”, refere a nota, acrescentando ainda que Portugal saiu sem programa cautelar e que Atenas ainda discute as condições desse plano.

Na mensagem com sete pontos, o partido liderado por Paulo Portas termina com ironia quando se refere à reacção do secretário-geral do PS, António Costa, aos resultados das eleições e ao seu impacto na política europeia. “O CDS regista o júbilo manifestado hoje pelo Partido Socialista com os resultados, o que certamente se deve atribuir aos 4,8% obtidos pelo seu Partido homólogo (PASOK)”, lê-se no comunicado.