Vendas do sector de componentes para automóveis cresceram 5,6%

Espanha e Alemanha foram os principais mercados de exportação.

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83% das vendas de peças foram ao estrangeiro Rui Farinha/Arquivo

As vendas das empresas de componentes para carros cresceram 5,6% no ano passado por comparação com 2013, totalizando 7500 milhões de euros, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).

A maior parte da produção foi exportada, com as vendas ao estrangeiro a representaram 83% do total. Espanha e Alemanha voltaram a ser os principais mercados compradores, seguidos pela França e Inglaterra. No conjunto, estes quatro países representaram 70% das exportações. O restante está distribuído por outros mercados europeus e também por países como os EUA e China, os dois maiores mercados de automóveis do mundo.

Em comunicado, a AFIA congratula-se com o facto de o sector ter os mesmos destinos de exportações de anos anteriores, o que “mostra uma fidelização na relação cliente-fornecedor (…) que é fundamental para o contínuo crescimento da actividade” numa altura em que, refere a associação, "as empresas estão a competir num mercado global, caracterizado por uma capacidade produtiva superior à procura".

A nota acrescenta ainda que o desempenho do sector ao longo de 2014, “apesar de relativamente moderado”, reflecte “um crescimento sustentado”.

A evolução positiva do sector de componentes em Portugal (que é composto por cerca de 200 empresas e emprega 41 mil pessoas) foi impulsionada pelo facto de o ano passado ter sido um ano de crescimento para a indústria automóvel na União Europeia, depois de as vendas terem afundado com a crise financeira. Em 2014, foram vendidos 12,55 milhões de automóveis no conjunto dos 28 países, o que significa um aumento de 5,7% naquele que foi o primeiro ano de subida desde 2007. O mercado português também terminou 2014 em alta, com a venda de veículos novos a disparar 36%, dando continuidade a uma subida que já tinha começado em meados de 2013, mas que ainda não colocou o sector no patamar dos tempos pré-crise.

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