Visitantes nos monumentos e museus da DGPC aumentaram, mas pouco

Os equipamentos da Direcção-Geral do Património Cultural ultrapassaram a barreira dos 3,5 milhões de visitantes em 2014, mais 100 mil do que no ano anterior. Em Sintra, o campeão é o conjunto da Pena - parque e palácio – com 889 mil entradas.

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A exposição Spledor et Gloria foi das mais populares do museu de Arte Antiga em 2014, ano em que teve quase mais 83 mil visitantes Daniel Rocha

No ano passado, os monumentos e museus da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) tiveram mais 100 mil visitantes do que em 2013, ultrapassando a barreira dos 3,5 milhões (ao certo são 3.577.433). Um crescimento tímido que tem a particularidade de ficar a dever-se, essencialmente, ao Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), que passou de 138.728 visitantes para os 221.675, ultrapassando pela primeira vez o Museu Nacional dos Coches (206.887 em 2014), que nos últimos anos tinha vindo a ser, de forma consolidada, o mais popular dos museus da esfera da DGPC.

Nos monumentos, o mais concorrido continua a ser o Mosteiro dos Jerónimos (807.845), seguido da Torre de Belém, mas a uma distância considerável (530.903).

Os dados foram divulgados esta sexta-feira pelo gabinete de imprensa da DGPC, que faz saber ainda em comunicado que o público nacional regista um aumento nos monumentos e museus, decrescendo nos palácios porque 2013 foi um ano atípico devido ao sucesso da exposição da artista plástica Joana Vasconcelos no Palácio Nacional da Ajuda, que ultrapassou as 235 mil entradas (face ao ano passado, museu, palácios e monumentos atraíram menos 6100 visitantes portugueses). Na Ajuda a queda é drástica: dos 253.658 visitantes de 2013, para os 53.534 deste ano. Uma queda que contrasta com a do Palácio Nacional de Mafra, que teve quase mais 30 mil visitantes (274.255).

No total, o número de visitantes dos equipamentos da esfera da DGPC cresceu 3% face ao ano anterior. Por comparação, e para fazer referência a alguns palácios que já pertenceram a esta direcção-geral que é o maior organismo da Secretaria de Estado da Cultura, a Parques de Sintra – Monte da Lua, empresa de capitais públicos que gere a paisagem cultural de Sintra, classificada como património da humanidade, cresceu 13%. Os oito bens e conjuntos que tem sob a sua alçada ficaram perto dos dois milhões de visitantes, com o Parque e Palácio da Pena a liderarem, com 889 mil entradas (mais 14% do que em 2013), seguido do Palácio Nacional de Sintra, o das grandes chaminés (445 mil), e do Castelo dos Mouros (307 mil), que foi alvo de uma requalificação recente.

Na contabilidade dos visitantes nacionais/estrangeiros, a diferença é grande: em Sintra a esmagadora maioria é estrangeira (86%), ao passo que na DGPC o seu peso é menor, ainda que representem uma fatia muito significativa, superior a dois terços (68%, para sermos exactos).

Na “competição” pelo monumento mais visitado do país, no entanto, todos os equipamentos de Sintra e da DGPC perdem para o Castelo de São Jorge, em Lisboa, que recebeu no ano passado mais de 1,2 milhões de visitantes, uma subida que fica perto dos 18% em relação a 2013.

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