Há 50 médicos de família do privado que aceitaram regressar ao SNS

Ministério da Saúde vai abrir concurso para tentar contratar ainda mais 200 especialistas em medicina geral e familias, uma das áreas com mais carência em Portugal.

Foto
Ainda há um milhão de portugueses sem médico de família Rui Gaudêncio

Os centros de saúde de várias zonas do país vão ser reforçados com 50 médicos de família que trabalhavam no sector privado e que aceitaram regressar ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). A informação foi avançada pelo ministro Paulo Macedo, que adiantou que o concurso foi concluído no final de 2014 e que ainda durante Janeiro será lançado mais um para mais 200 especialistas em medicina-geral e familiar.

Paulo Macedo, que falava aos jornalistas no final de um debate na Assembleia da República sobre o caos nas urgências agendado a pedido do PS, rejeitou as críticas de desinvestimento no SNS de que foi alvo por parte dos partidos da oposição e insistiu: “Temos mais 2500 médicos hoje do que tínhamos em 31 de Dezembro de 2010”. E mais 1849 foram recentemente recrutados, muitos dos quais internos ainda em formação.

O ministro reconheceu que ainda há carências em algumas áreas, com um milhão de portugueses ainda sem médico de família, mas assegurou que a tutela tem feito “um grande investimento em médicos” e contratado todos os clínicos que pode. Ainda a este propósito, lembrou que além dos médicos o SNS foi reforçado em 2014 com mais 1090 enfermeiros – um número que espera “superar largamente” neste ano que começa.

Sobre os médicos de família, Paulo Macedo aproveitou para dizer que os cuidados primários são uma aposta do Governo e prometeu que nenhum centro de saúde será encerrado ou verá os seus horários reduzidos até Março, como forma de resposta ao pico da gripe e subida da afluência aos serviços de saúde durante o Inverno. O ministro acredita ainda que, com a passagem de mais médicos do regime de trabalho de 35 para 40 horas semanais, algumas carências sejam ultrapassadas.

Sugerir correcção
Comentar