Encontrada cauda do avião da AirAsia no mar de Java

É pela primeira vez identificada uma parte significativa do avião desaparecido a 28 de Dezembro.

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Imagens dos destroços do avião no fundo do mar AFP/Basarnas
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Equipas de buscas que estão a ajudar as autoridades indonésias AFP/US NAVY/Mass Communication Specialist MC2 Antonio P. Turretto Ramos
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Investigadores indonésios encontraram a cauda do avião da AirAsia desaparecido a 28 de Dezembro numa zona de buscas secundária. “Encontrámos uma parte do avião que era o nosso objectivo principal hoje, encontrámos a cauda”, disse o responsável pelas buscas, Bambang Soelistyo, aos jornalistas em Jacarta. “Posso assegurar que é parte da cauda com a marca AirAsia.”

É na cauda que estão as caixas negras, que guardam os registos de voz e de dados do voo, que poderão ajudar a perceber o que causou a queda do avião da AirAsia que voava de Surabaya, na Indonésia, para Sinagapura, com 162 pessoas a bordo. “Dizem-me que encontraram a cauda. Se for a parte certa, as caixas negras poderão lá estar”, reagiu Tony Fernandes, o CEO da Air Asia, no Twitter.

A cauda foi localizada numa zona de buscas secundária (o perímetro das buscas foi alargado na terça-feira) por equipas de mergulhadores e veículos subaquáticos não-tripulados, disse o responsável pela operação de buscas. O facto de estar longe dá força à teoria de que os destroços foram movidos por correntes marítimas fortes.

É a primeira vez desde o desaparecimento do voo QZ8501 que é identificada uma parte significativa do avião. Até agora, foram ainda encontrados 40 corpos, mas as autoridades acham que muitos poderão estar ainda dentro do corpo principal do avião. Não foi encontrado qualquer sobrevivente.

A grande operação internacional de buscas com meios aéreos e mais de 30 navios tem sido dificultada pelo mau tempo. “O mar não tem estado muito favorável, mas as caixas negras têm 30 dias de vida e vão conseguir encontrá-las”, estimava à agência Reuters o perito em aviação Peter Marosszeky, da Universidade de New South Wales, em Sydney. 

Até agora, as más condições atmosféricas são dadas como a causa provável da queda. A agência meteorológica indonésia aponta num relatório preliminar que o avião teria passado nuvens com temperaturas de menos de 80 graus negativos que poderiam ter desencadeado o acidente. O piloto tinha pedido para aumentar a altitude para evitar estas nuvens, mas não recebeu luz verde imediata do controlo aéreo, e desapareceu dos radares pouco depois.

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