Papa Francisco telefona a refugiados iraquianos antes da missa do Galo

Telefonema feito por telefone satélite e transmitido em directo na televisão italiana, antes da habitual celebração no Vaticano.

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Papa pediu mais ternura no mundo AFP PHOTO / ALBERTO PIZZOLI

Antes da missa de Natal, o Papa telefonou para um campo de refugiados em Ankawa, no Norte do Iraque. “Vocês são como Jesus nesta noite”, disse Francisco.

“Queridos irmãos, estou perto de vocês, muito perto de vocês no meu coração”, disse o Papa, referindo-se aos refugiados iraquianos que se encontram no campo de refugiados em Ankawa, no Norte do Iraque, após uma fuga dos ataques do Estado Islâmico. “Vocês são como Jesus nesta noite”, afirmou, referindo-se aos milhares de pessoas forçadas a partir de suas casas. Os avanços do autoproclamado Estado Islâmico no Iraque obrigaram dezenas de milhares de cristãos e outras minorias religiosas a fugir das áreas controladas pelos curdos.

No início desta semana, numa carta dirigida aos cristãos do Médio Oriente, o Papa tinha apelado às comunidades cristãs que permanecessem na região e ajudassem os muçulmanos a apresentar uma “imagem mais autêntica do Islão”, como uma religião de paz.

Na homilia que celebrou para cerca de 5000 pessoas reunidas na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o Papa apelou a um mundo mais ternura e carinho. "Senhor, dá-me a graça de ternura na mais dura vida, dá-me a graça de proximidade para atender todas as necessidades, a doçura em qualquer conflito ", afirmou. “Temos a coragem de aceitar com ternura as situações difíceis e problemas dos que nos rodeiam, ou preferimos soluções impessoais, talvez eficientes, mas sem o calor do Evangelho? Quanta necessidade de ternura tem hoje o mundo!", disse Francisco.

Na mensagem natalícia o Papa exaltou ainda as “pessoas simples” por oposição aos “arrogantes, orgulhosos, aqueles que estabelecem as leis de acordo com seus próprios critérios pessoais”. Esta semana, num discurso muito duro, Francisco criticou comportamentos que subsistem na Cúria mas que nenhum Papa tinha até agora denunciado tão abertamente. No discurso aos dirigentes do governo central da Santa Sé, o Papa Francisco denunciou, uma por uma, 15 doenças que afligem a hierarquia da Igreja, do carreirismo, à ganância e ao “terrorismo da má-língua”.

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