Espectáculos tiveram mais sessões e espectadores e menos receitas de bilheteira em 2013
Instituto Nacional de Estatística divulga números relativos ao ano passado.
Os espectáculos ao vivo em Portugal tiveram em 2013 um aumento de 6,6% nas sessões e de 1,7% nos espectadores, mas uma diminuição nas receitas de bilheteira de 8,5%, indicou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) num boletim de informação à comunicação social.
De acordo com as estatísticas para áreas da Cultura – muitas delas, como o cinema e os museus, por exemplo, já divulgadas pelas instituições respectivas no decorrer deste ano –, em 2013 registaram-se 29.385 sessões de espectáculos ao vivo, 8,9 milhões de espectadores e receitas de 60 milhões de euros, menos 8,5% do que em 2012. Dos 8,9 milhões de espectadores dos espectáculos ao vivo em Portugal, menos de metade pagou bilhete (3,8 milhões).
Ainda segundo o INE, face ao ano anterior verificou-se também em 2013 um acréscimo no número de bilhetes vendidos (9,7%), mas uma diminuição no preço médio por cada ingresso, de 19 para 15,90 euros.
De todas as modalidades de espectáculos, o teatro continuou a apresentar maior número de sessões (42% do total), mas foram as modalidades de música que registaram mais espectadores (4,3 milhões) e receitas de bilheteira (41,3 milhões de euros), a que correspondeu um preço médio por bilhete de 22,40 euros.
O INE aponta ainda que das modalidades de música continuaram a destacar-se os concertos de música pop-rock, aos quais assistiram 1,8 milhões de espectadores, gerando receitas de bilheteira no valor de 26,4 milhões de euros (menos 31,6% face ao ano anterior).
Este valor continua ainda a representar quase metade (44%) do total das receitas de todas as modalidades de espectáculo analisadas pelo INE. Relativamente aos espectadores, seguem-se as modalidades multidisciplinares (963,6 mil), outros géneros de música (864,4 mil) e a música popular e tradicional portuguesa (683 mil).
As modalidades de espectáculo com menor número de espectadores foram a ópera (70,9 mil), recitais de coros (87,2 mil) e jazz-blues (147 mil).
Quanto ao preço médio do bilhete de ingresso, os concertos de música pop-rock registaram o preço médio mais elevado (30,40 euros), seguindo-se o circo (23,70 euros), ópera (19,10 euros) e jazz-blues (17,70 euros). As modalidades que praticaram o preço médio mais baixo foram o folclore (4,20 euros) e os recitais de coros (4,60 euros).