Paulo Portas considera greve na TAP "um sarilho" e um “acto de egoísmo”

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, considerou, nesta quinta-feira, a greve anunciada na TAP para os últimos dias de 2014 um "acto de egoísmo" para com a economia portuguesa, salvaguardando não querer substituir-se às tutelas sectoriais.

Num jantar de Natal com as concelhias do CDS-PP de Lisboa, o líder centrista destacou os incómodos para os cidadãos e as possíveis perdas para a empresa transportadora aérea portuguesa.

"É, lamento dizê-lo, um acto de egoísmo face a uma economia que está a esforçar-se enormemente para recuperar e sair da crise", afirmou.

Os 12 sindicatos afectos à TAP formalizaram na quarta-feira um pré-aviso de greve de quatro dias, entre 27 e 30 de Dezembro, contra a privatização da empresa, embora tenham marcada para esta sexta-feira uma reunião com o ministro da Economia, António Pires de Lima, e o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro.

Pires de Lima, que estava deslocado nos Estados Unidos, confirmou que a privatização da TAP vai concretizar-se "nos primeiros meses do próximo ano".

"Uma greve de quatro dias, em cima do fim do ano, é evidentemente um prejuízo enorme para uma empresa que não vive dias fáceis. É um sarilho e uma complicação para a vida das famílias e pessoas que tinham viagens marcadas. É um dano para aquelas regiões do país que precisam absolutamente do transporte aéreo", defendeu ainda Paulo Portas.

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