A companhia de aviação regional PGA, detida pela TAP, vai enfrentar uma greve de dois dias, que arranca já nesta sexta-feira e ocorrerá também no domingo. Os protestos foram convocados pelos tripulantes, que exigem o cumprimento do acordo de empresa.

A maioria dos passageiros que tinha reservas pela transportadora aérea foi obrigada a alterar a data dos voos e, por isso, serão “residuais” os casos de clientes que ficarão em terra por causa da greve. Foram definidos serviços mínimos para apenas quatro ligações (Bilbau-Lisboa, Lisboa-Nice, Lisboa-Toulose e Lisboa-Valência), pelo que grande parte da operação será afectada. Num dia normal, a PGA efectua 80 voos.

Fonte oficial da TAP explicou que “a greve terá um impacto muito reduzido”, já que “os passageiros foram todos transferidos e há soluções alternativas para quase todos” os clientes. O mesmo acontecerá no domingo, quando os tripulantes voltarem aos protestos.

No domingo, a TAP cumprirá o sétimo dia de greves este ano, que, juntando os voos da PGA que serão agora cancelados, elevarão para quase 900 o número de ligações suprimidas nos últimos meses na sequência de protestos dos trabalhadores.

A primeira paralisação foi convocada pelos pilotos, a 9 de Agosto, tendo-se seguido uma greve de quatro dias dos tripulantes da TAP. E, agora, está agendado um protesto conjunto de todos os sindicatos para 27, 28, 29 e 30 de Dezembro, com objectivo de contestar a privatização da companhia.

O Governo vai reunir-se nesta sexta-feira, pelas 15h, com a plataforma sindical que convocou esta greve geral, havendo a expectativa de um consenso para travar a paralisação entre o Natal e o Ano Novo.