Almeida Santos visita Sócrates e diz acreditar na sua "inocência"

Jorge Lacão também esteve no Estabelecimento Prisional de Évora e disse que continua a acreditar que num Etado de Direito democrático se faz justiça.

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Almeida Santos e José Sócrates, em 2011 Miguel Manso

O presidente honorário do PS, Almeida Santos, disse esta terça-feira acreditar na inocência de José Sócrates, que visitou, esta tarde, na prisão de Évora e que “está preso sem ter sido acusado”, nem “condenado de nada”.

“Tenho uma grande admiração por ele e a verdade é que ele está preso sem ter sido acusado de nada”, nem “condenado a nada”, disse.

Por isso, “enquanto ele não for condenado por um tribunal acredito na inocência dele”, acrescentou.

Almeida Santos, acompanhado pelo antigo ministro socialista Jorge Lacão, actual membro da comissão política nacional do partido, falava aos jornalistas à chegada ao Estabelecimento Prisional de Évora, onde José Sócrates se encontra em prisão preventiva.

O presidente honorário do PS frisou aos jornalistas ter-se deslocado à prisão da cidade alentejana para “dar um abraço” ao ex-primeiro-ministro, de quem disse ser amigo.

Argumentou que Sócrates é “um homem sério”e insistiu que acredita na sua inocência.

“Não é só por ele ser José Sócrates, eu acreditaria, até prova em contrário, na inocência de qualquer pessoa” que estivesse “presa sem ter sido condenada ou julgada por um tribunal como deve ser”, afirmou.

Questionado pelos jornalistas sobre se este caso implica consequências para o PS, o presidente honorário do partido respondeu: “Não me parece. Porquê?”

“Tudo depende da evolução do processo, da consequência final. Se ele for condenado, nessa altura é evidente que o PS e todos nós extrairemos as consequências”, mas, “enquanto não for, tem uma presunção de inocência”, defendeu.

O PS “não tem que estar envolvido, nem esteve no congresso nacional" que decorreu, no passado fim de semana, em Lisboa, segundo Almeida Santos, afiançando que a sua visita é “particular”.

Quanto a Jorge Lacão, também disse que José Sócrates é seu “amigo de há muitos anos”.

E, por isso, argumentou, tal como acontece com “muitos outros amigos” de Sócrates, todos estão “profundamente contristados com o que sucedeu e com o que está a acontecer”.

“Mas tenho consciência de que vivemos num Estado de Direito democrático e eu acredito no funcionamento das nossas instituições judiciais”, afirmou o actual membro da comissão política nacional do PS, sublinhando: “Continuo a acreditar que, no Estado de Direito democrático, se faz justiça”.

O ex-primeiro-ministro José Sócrates está detido, em prisão preventiva, no Estabelecimento Prisional de Évora, indiciado de fraude fiscal, branqueamento de capitais e corrupção.

O ex-primeiro-ministro é o primeiro ex-chefe de governo da história da democracia portuguesa a ficar em prisão preventiva.

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