Câmara de Gaia envolve instituições do concelho na gestão de equipamentos municipais

Aprovada a criação de uma cooperativa, em substituição da falida empresa municipal Gaianima. Tribunal de Contas terá de avaliar a proposta.

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A cooperativa vai gerir campos de futebol, piscinas e pavilhões, entre outros equipamentos Nelson Garrido

A Câmara de Gaia aprovou esta segunda-feira, com a abstenção do PSD, a proposta de criação de uma Régie Cooperativa, que apoiará o município na gestão dos equipamentos de desporto, lazer e cultura até aqui geridos pela empresa municipal Gaianima, que está em processo de extinção. O autarca Eduardo Vítor Rodrigues acredita que este organisnmo, que integrará outras entidades do concelho, poderá até candidatar-se a fundos comunitários, nos quais há 150 milhões de euros destinados à economia social.

A proposta terá de ser ainda aprovada em Assembleia Municipal e, de seguida, terá de passar o crivo do tribunal de Contas. No Grande Porto não há exemplos de cooperativas de iniciativa municipal, e Gaia teve de ir até Guimarães, para analisar o que Eduardo Victor rodrigues designa de “bom exemplo”, as entidades que aquele município criou, para as áreas do apoio social (Fraterna), a habitação social (Casfig) os equipamentos de desporto e lazer (Tempo Livre), a cultura (A Oficina) e a gestão do teleférico (Turipenha).

Em Gaia, esta entrada no universo cooperativo – que o autarca assume como ideológica, em alternativa a uma possível concessão a privados – fica-se pelos equipamentos que eram até aqui geridos pela Gaianima, que deixou um passivo de 14 milhões de euros. Em contraponto a esta “má gestão”, Eduardo Vítor pretende demonstrar que é possível fazer “melhor”, com a participação de juntas e associações que queiram entrar na cooperativa, e um contrato programa de 120 mil euros anuais, para cobrir os custos dos preços sociais cobrados para usufruto de piscinas, pavilhões e outros espaços.

Para além disso, o autarca espera que a Cooperativa venha a permitir a agilização de contratos com profissionais que prestam serviços em part-time nos vários equipamentos e que a autarquia não pode colocar nos seus quadros. E, no âmbito do programa Portugal 2020, admite que esta entidade possa candidatar-se a fundos para as actividades que vai desenvolver – o apoio ao desporto para idosos e deficientes, por exemplo – e para obras de manutenção nos espaços cuja gestão vai partilhar com o município.

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