Deco chumbou 18 brinquedos em 40 que testou

Associação pediu a retirada do mercado de oito brinquedos por não cumprirem legislação nacional.

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Peças pequenas, pontas afiadas e fraca resistência entre os riscos identificadas pela Deco.

Em 40 brinquedos testados, a associação de defesa do consumidor Deco chumbou 18, por questões de segurança como a existência de peças pequenas que se soltam com facilidade, pilhas acessíveis e fraca resistência ao impacto.

Dos 18 brinquedos chumbados, a associação pediu à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) para retirar oito do mercado, por não cumprirem a legislação nacional.

Os restantes dez apresentam falhas que não estão contempladas na legislação nacional, mas que a associação considera perigosas, recomendando por isso que os consumidores evitem a sua compra. Pede ainda à Comissão de Segurança de Serviços e Bens de Consumo, entidade oficial com competência nesta matéria, para avaliar estes produtos e para se pronunciar sobre a perigosidade dos mesmos.

A lista e fotografias dos brinquedos, que segundo a associação não devem se oferecidos às crianças este Natal, pode ser consultada no site da Deco.

Os oito brinquedos que a Deco pediu para serem retirados do mercados são o Ale-Hop Carrinho, o Ale-Hop Movil, o Darling Boneco, o J. L. Fontes Carrinho de boneca, o Sevi Móvil Tulipa, o Sweet Baby Dry e o Toy’R’Us Franjas postiças.

Os dez que não são recomendados são o Bandai Peppa Pig, o Centroxogo Girl Beautiful, Dinosaur, o First Classroom Magnetic Letters, o Koala Dream Funny Faces, o MGA Mini Lalaloopsy, o Oudamundo Porquinho, o Oudamundo Varinha, o Pampy Plasticina e o Wonder City Racer.

A Deco alerta ainda que a marcação CE, que deveria indicar que um produto cumpre a legislação da União Europeia em matéria de segurança, higiene e protecção ambiental, tem sido colocada em brinquedos pelos fabricantes e não é uma garantia de segurança para a criança. Dos 18 produtos chumbados, 15 tinham esta marcação.

Por essa razão, “a Deco exige que sejam criados mecanismos que permitam uma avaliação dos brinquedos por entidades independentes”. E defende ainda que comportamentos negativos reincidentes sejam sancionados pelas autoridades.

Esta acção inspectiva da Deco acontece há 22 anos e todos os anos a associação encontra produtos perigosos. “Para combater esta inércia, a associação de consumidores disponibiliza um formulário onde os consumidores podem denunciar problemas com brinquedos.” Com esta iniciativa, a associação pretende juntar os relatos dos consumidores, para reforçar a exigência de mudança.

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