Quinze pessoas detidas na Europa por acesso ilegal a computadores pessoais

Operação europeia na Estónia, França, Roménia, Itália, Noruega, Reino Unido e Letónia.

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A operação foi dirigida pelas autoridades francesas Pawel Kopczynski/Reuters

Quinze pessoas foram detidas após uma operação da Europol e outras autoridades policiais e judiciais suspeitas de recorrerem a um vírus para acederem e controlarem computadores pessoais sem o conhecimento do utilizador. As detenções ocorreram após buscas domiciliárias realizadas na última semana em sete países – Estónia, França, Roménia, Itália, Noruega, Reino Unido e Letónia.

Os detidos são suspeitos de usarem trojans de acesso remoto, ou RAT (na sigla em inglês), para cometerem vários tipos de crimes informáticos, incluindo roubo de dados pessoais, ataques DDoS e extorsão das vítimas, indica a Europol em comunicado.

A operação, que foi dirigida pelas autoridades francesas, tinha como objectivo identificar indivíduos que terão usado RAT, após duas reuniões para coordenarem as suas actividades, comparar dados e partilhar apoio técnico entre si.

Os RAT são programas vírus que permite assumir o controlo administrativo de um computador. Geralmente estes vírus entram nos computadores através de um programa de software ou de um jogo que sejam descarregados pelo utilizador ou ainda por meio de um email infectado. Já no interior do computador, o RAT é usado para controlar outros aparelhos e aceder a dados privados.

Estes programas vírus são frequentemente usados em crimes online para aceder a informações protegidas por organismos ou governos, mas também para defraudar pessoas a nível individual. Segundo a Europol, há também piratas informáticos que o fazem apenas por divertimento, para saber mais sobre a vida privada de pessoas.

Em todos os casos, as pessoas que forem consideradas suspeitas de usarem RAT arriscam-se a ser acusadas dos crimes de acesso ilegal a um computador, recolha ilegal de dados pessoais ou violação da lei que protege a privacidade dos utilizadores.

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