Fernando Pinto: "A minha missão é entregar a TAP privatizada"

O presidente da transportadora aérea assegura que unidade de manutenção no Brasil está hoje em melhor estado.

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Fernando Pinto, presidente da TAP. Miguel Manso

Na primeira reacção pública ao relançamento da privatização da TAP, o presidente da companhia reagiu positivamente à decisão do Governo, que na semana passada aprovou a venda de 66% do capital do grupo, numa primeira fase, com o objectivo de que o Estado saia do capital a médio prazo.

"O importante é que a empresa seja privatizada. Estando a empresa melhor [financeiramente], haverá mais interessados", afirmou. "A minha missão é entregar a TAP privatizada", disse ainda.

Fernando Pinto chegou à TAP no ano 2000 com o objectivo de concretizar a venda de parte da companhia à Swissair. O negócio fracassou, mas a equipa de gestão foi continuando a trabalhar na privatização do grupo. Outra tentativa acabaria por falhar em 2012, com a rejeição da oferta de Gérman Efromovich.

Agora que o Governo relançou o processo, o gestor brasileiro não conseguiu responder aos jornalistas sobre se ficará aos comandos da empresa quando o Estado vender o capital. "A decisão não depende de mim", referiu.

O que garantiu é que a deficitária unidade de manuntenção no Brasil, que afastou potenciais candidatos no passado, está hoje em melhores condições financeiras. "Vem crescendo a facturação em 15% a cada ano e o volume de contingências é hoje praticamente 20% a 25% do que era no passado", assegurou.

Em reacção à recomendação que o Conselho de Prevenção da Corrupção fez nesta quarta-feira sobre a privatização da empresa, em que aconselha o Governo a reforçar os mecanismos de salvaguarda do interesse estratégico da empresa, Fernando Pinto considerou esta posição "normal".

A recomendação foi feita depois de o gestor ter sido recebido, no início da manhã, pelo conselho para "mostrar os planos internos que existem para a companhia".

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