Israelita morta no segundo ataque do dia com armas brancas

Horas depois de um soldado ter sido esfaqueado com gravidade no centro de Telavive, um homem atacou com uma faca três israelitas junto a um colonato.

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Soldado israelita foi esfaqueado durante a manhã no centro de Telavive Finbarr O'Reilly/Reuters

Uma mulher foi morta e outros dois israelitas ficaram feridos num ataque com arma branca junto a um colonato da Cisjordânia, horas depois de um soldado do Estado hebraico ter sido esfaqueado com gravidade junto a uma estação de comboio de Telavive.

Segundo a edição online do jornal Jerusalem Post, o atacante parou o carro numa paragem situada frente ao colonato de Alon Shvut, a sul de Jerusalém, e correu para três pessoas que esperavam por boleia. Esfaqueou três pessoas, uma das quais, uma mulher de 25 anos, que teve morte imediata, adianta a mesma fonte, revelando que o atacante foi depois atingido a tiro por um guarda do colonato.

O incidente, num momento em que a tensão entre israelitas e palestinianos está ao rubro, acontece escassas horas depois de um soldado, com cerca de 20 anos, ter sido atacado junto a uma estação de comboios, no centro de Telavive. O atacante, com sensivelmente a mesma idade, é um palestiniano residente num campo de refugiados nos arredores de Nablus, na Cisjordânia.

“As investigações iniciais indicam que se tratou de um ataque terrorista com arma branca”, adiantou a polícia israelita através da rede social Twitter, adiantando que o atacante foi detido, sem oferecer resistência, num prédio vizinho da estação e entregue aos serviços de informação para interrogatório.

Estes ataques confirmam que a violência das últimas semanas, até agora concentrada em Jerusalém, está a alastrar depois de um fim-de-semana que ficou marcado pela morte de um árabe israelita, morto a tiro durante uma manifestação na aldeia de Kafr Kanna. Em pouco mais de duas semanas são já cinco os ataques contra civis ou membros das forças de segurança fora de serviço.

No dia 23 de Outubro, um carro conduzido por um palestiniano abalroou vários passageiros que saiam do metropolitano de superfície em Jerusalém, matando um bebé de três meses e uma mulher de nacionalidade equatoriana. Uma semana mais tarde, Yehuda Glick, um activista da direita israelita que defende o direito dos judeus a rezar no Pátio das Mesquitas, foi baleado à saída de uma palestra. Na quarta-feira passada, um segundo palestiniano atropelou várias pessoas junto a uma paragem do metro de Jerusalém, duas das quais acabaram por morrer.

Incidentes que agravam a tensão que tem vindo a acumular-se nos últimos meses entre israelitas e palestinianos, com confrontos quase diários nos bairros árabes de Jerusalém Leste a propósito da disputa em torno do Pátio das Mesquitas (Monte do Templo para os judeus, Nobre Santuário para os muçulmanos) e os planos de colonização do Governo israelita.

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