Bruxelas valoriza "tendência positiva" dos resultados dos testes de stress à banca

Comissão Europeia garante que os testes são credíveis e que permitem ver qualquer vulneabilidade que ainda possa existir no sector bancário.

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Comissão Europeia analisa cumprimento das condições do programa de ajustamento Pedro Cunha

A Comissão Europeia valorizou este Domingo a "tendência positiva" dos resultados dos testes de 'stress' dos bancos europeus, mas sublinhou que não há espaço para "a complacência".

O BCP foi o único dos três bancos portugueses que chumbou no cenário mais adverso dos testes de resistência conduzidos pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela Autoridade Bancária Europeu, enquanto a CGD e o BPI tiveram nota positiva.
Em comunicado, Bruxelas recordou que desde o início da crise financeira "tem havido importantes melhoras no marco regulador europeu, o nível e a qualidade do capital dos bancos e a supervisão reforçaram de maneira considerável a resistência dos bancos europeus".
O executivo comunitário acrescentou que "os resultados de hoje sobre as extensas provas de 'stress' e o relatório completo, que representa o escrutínio mais intenso levado a cabo na Europa, confirmam globalmente uma tendência positiva" e representam "um importante passo para o mecanismo de supervisor único, que a componente chave da União Bancária". No entanto, adverte que "não há lugar para a complacência".
A Comissão Europeia considerou que este tipo de exercícios, "sem precendentes em escala e entre os mais rigorosos do mundo" facilitam um alto nível de transparência no balanço dos bancos europeus e da sua exposição e "permitem a identificação e correcção de qualquer vulnerabilidade que possa manter-se".
Bruxelas salienta que "são uma parte integral dos esforços dos responsáveis políticos para construir um sector bancário sólido e estável ao preparar o caminho para uma acção de correcção adequada, que deverá ter em conta a alta qualidade do capital adicional que os bancos aumentaram desde Janeiro de 2014".
A Comissão Europeia acrescentou que nos exercícios onde foram identificadas deficiências, as autoridades competentes, incluindo o BCE e o supervisor único que passará a existir a partir de 4 de Novembro, "deverão determinar e adoptar qualquer acção de supervisão necessária".
Para a Comissão Europeia é "absolutamente crucial" levar a cabo "acções de acompanhamento rigorosas e a tempo dos resultados dos exercícios".
Caso haja falta de dinheiro estatal, a Comissão aplicará as regras de ajudas de Estado, acrescentou.

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