Miguel Araújo leva a Cidade Grande ao palco do CCB

Esta quarta-feira é dia de estreia no CCB para Miguel Araújo. Luísa Sobral será sua convidada na apresentação em palco de Crónicas da Cidade Grande.

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Miguel Araújo DR

O aclamado segundo disco de Miguel Araújo, Crónicas da Cidade Grande, chega hoje ao palco do CCB (21h). É uma estreia, para ele, aquela sala, mas tem bons antecedentes. Os concertos em Braga e Monção a 17 e 18, diz, “estavam completamente esgotados, foi espectacular”. E o resto da digressão, que o levará até Paredes (23), Amarante (25), Fafe (31) e por fim ao Coliseu do Porto, a 29 de Novembro, está em boa marcha.

Sendo um disco conceptual, com uma história, terá outra abordagem em palco. “Quando gravei o disco tive a preocupação de que as músicas também funcionassem avulso, isoladamente. Há pessoas para quem o enredo faz sentido, já ouviram o disco, mas há outras que conhecem só uma ou duas músicas. E o concerto tem essa dupla leitura.” O alinhamento do disco só será respeitado no Porto (“é quase um musical, aquilo”) porque os músicos que tocaram no disco são de lá e estarão presentes. Haverá 18 músicos no palco (além dos convidados Ana Moura, António Zambujo e Inês Viterbo), enquanto em Lisboa serão dez. Além de Luísa Sobral, com quem teve uma história curiosa em 2013: “Fomos os dois a Macau, para concertos separados, mas houve um furacão e os concertos foram adiados dois dias. Então, como ficámos sem nada que fazer, decidimos ensaiar um concerto em conjunto: ela cantava músicas minhas e eu músicas dela. Agora, sempre que podemos, fazemos uma perninha nos concertos um do outro.”

Crónicas da Cidade Grande foi, entretanto, relançado com um DVD (com o concerto de Miguel Araújo na Casa da Música, onde participaram António Zambujo e Samuel Úria) e a canção Recantiga, do novo disco, foi regravada e circula ainda em exclusivo nas plataformas digitais. A razão que o levou a regravar este tema é simples. “No disco a música é muito curtinha, nem três minutos tem, e nos concertos nós tocamos uma versão mais alargada e repetimos o refrão no fim. A instrumentação também é diferente: no disco, tem sé a minha guitarra e a minha voz, além de quarteto de madeira e um quarteto de cordas. Ao vivo, fazemos uma versão com bateria, baixo, sopros, a banda que me acompanha, e nós quase gostávamos mais da versão ao vivo do que da versão do disco. Então, foi simples: fomos para o estúdio e gravámos esta versão.”

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