Principais marcos da venda da ES Saúde

A Espírito Santo Saúde foi alvo de três OPA e uma proposta directa fora de bolsa. A Fidelidade ficou sozinha na corrida e conseguiu ficar com o controlo accionista da empresa.

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O relatório dá nota negativa ao atendimento nas urgências, com 26% dos atendimentos em 2013 a excederem os tempos máximos recomendados Foto: Daniel Rocha

12 de Fevereiro
A ES Saúde entra na Bolsa, com a venda de 49% do capital. As acções arrancam nos 3,2 euros.

6 de Junho
Os títulos da ES Saúde atingem os 3,9 euros.

18 de Julho
O grupo Ángeles e o director-geral, Olegário Vázquez Aldir, começam a comprar acções da ES Saúde.

29 de Julho
O Tribunal Comercial do Luxemburgo aceita analisar os pedidos de gestão controlada da Rioforte e da ESFG, accionistas da Espírito Santo Health Care Investments (ESHCI), dona de 51% da ES Saúde.

18 de Agosto
Na véspera de anunciar a OPA (oferta pública de aquisição), a Ángeles volta a comprar acções.

19 de Agosto
É anunciada a proposta de OPA da Ángeles sobre a ES Saúde, que fica marcada por suspeita de crime de abuso de informação privilegiada, a ser analisado pela CMVM. Os mexicanos oferecem 4,3 euros por acção.

11 de Setembro
A José de Mello Saúde apresenta uma OPA, propondo mais dez cêntimos por acção.

19 de Setembro
A Ángeles revê em alta o preço oferecido, propondo agora pagar 4,5 euros por título.

23 de Setembro
A Fidelidade entra na corrida, oferecendo 4,72 euros por acção. Foi a terceira movimentação no mercado. Não há memória de três OPA concorrentes na bolsa portuguesa. Os três grupos precisam de garantir 50,01% do capital da empresa liderada por Isabel Vaz e, para isso, é preciso ficar com a fatia de 51% que está ainda com a ESHCI (dominada pela Rioforte, com 55%, pelo Novo Banco e pela ESFG).

26 de Setembro
Registo da OPA da Fidelidade, que sobe o preço para 4,82 euros. O prazo da OPA da Ángeles é prolongado e a José de Mello Saúde pede (sem sucesso) para registar a sua oferta, mantendo o pedido de análise da Autoridade da Concorrência mas sem esperar a sua luz verde.

3 de Outubro
Os chineses ficam isolados na corrida à ES Saúde através do mercado de capitais. Depois de a José de Mello Saúde anunciar que desistia da oferta, o grupo Ángeles também deixou cair a sua proposta. E não houve mais ofertas em tempo útil. Agora, se os mexicanos venderem os 6,97% que detém na ES Saúde, arrecadam 33,3 milhões, valor que inclui uma mais-valia face ao preço a que compraram acções.

7 de Outubro
Os norte-americanos da Unitedhealth (donos da HPP) fazem uma proposta, fora de bolsa, aos accionistas da ESHCI para ficarem com 51% da ES Saúde. O preço é de cinco euros por acção. A Fidelidade fala em manobra “ilegal” e pede esclarecimentos à CMVM.

9 de Outubro
O regulador do mercado de capitais decide prolongar a OPA da Fidelidade e esta sobe o preço da oferta para 5,01 euros. A investida paralela dos norte-americanos é travada pela CMVM, que entende que a oferta perturba a OPA e condiciona a posição dos accionistas minoritários.

10 de Outubro
Os accionistas da ESHCI comunicam que aceitam a proposta da Fidelidade, que assegura assim o domínio da ES Saúde. A posição final é conhecida na quarta-feira.

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