Piora o estado de saúde da auxiliar de enfermagem espanhola com ébola

Teresa Romero, de 44 anos, está entubada e vários dos seus órgãos entraram em falência.

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A auxiliar de engermagem está hospitalizada no Carlos III, em Madrid Reuters

Piorou o estado de saúde da auxiliar de enfermagem contagiada com ébola em Espanha, anunciou a sua família e o dado já foi confirmado por uma médica do hospital onde está internada.

Teresa Romero, de 44 anos, que está internada desde 6 de Outubro no hospital Carlos III, foi entubada esta quinta-feira e apresenta problemas respiratórios e vários dos seus órgãos entraram em falência.

 O seu irmão, José Ramón Romero, disse aos jornalistas que foi chamado ao hospital de urgência porque o estado de saúde da auxiliar de enfermagem "piorou". O marido de Teresa Romero também está hospitalizado em isolamento, mas não apresenta sintomas da doença.

Uma médica do hospital, Yolanda Fuentes, confirmou — citada pelo jornal El País — o agravamento do estado de saúde da doente. Fuentes disse aos jornalistas que só podia confirmar a situação clínica da paciente e que estava proibida de dar mais detalhes. "Temos que respeitar a sua vontade", disse a médica.

A auxiliar está a ser seguida por uma equipa composta por 14 médicos e começou a ser-lhe dado um outro medicamento. Teresa Romero está a ser tratada com o soro de uma pessoa que superou a doença (e cujo soro contém portanto anticorpos eficazes contra o vírus).

Outras sete pessoas estão em isolamento no mesmo hospital por terem estado em contacto com Teresa Romero — o último a ficar em vigilância foi o médico que viu a doente num centro de saúde onde a auxiliar foi tratada enquanto se esperava pelo diagnóstico.

Perto de 50 pessoas estão em protocolo de vigilância em casa por possível contacto com a doente.

Teresa Romero fazia parte da equipa do Carlos III que atendou os dois missionários espanhóis repatriados da Serra Leoa e da Libéria depois de contraírem a doença. Ambos morreram. Teresa Romero entrou duas vezes na sala do missionário Manuel García Viejo, um para mudar um pano e outro para fazer a limpeza depois da morte do doente, a 25 de Agosto.

O contágio poderá ter-se ficado a dever à roupa inadequada que foi dada à auxiliar para vestir quando em contacto com o doente, e poderá ter tocado no rosto com as luvas que usou.

Do quarto do hospital onde está internada em Madrid, a auxiliar de enfermagem deu algumas entrevistas a jornais e contou que pensa que se terá contaminado ao tocar na cara com as luvas, quando despia o equipamento depois de ter entrado no quarto do missionário infectado.

Já morreram quase 3900 pessoas com o vírus do ébola, entre mais de oito mil infectadas durante a actual epidemia que assola alguns países da África Ocidental.

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