Empréstimos do Estado com corte de 1500 milhões de euros

Versão preliminar do OE para 2015 prevê tecto mais baixo para os empréstimos do Estado e limite mais alto para as garantias estatais.

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A ministra das Finanças tem de entregar o OE no Parlamento até dia 15 de Outubro Enric Vives-Rubio

O limite dos empréstimos do Estado e de operações de crédito vai encolher em 1500 milhões de euros no próximo ano, segundo uma versão preliminar do Orçamento do Estado para 2015, a que o PÚBLICO teve acesso.

De acordo com esta versão, que ainda pode sofrer alterações, o Governo autoriza a concessão de empréstimos até 3500 milhões de euros, um valor que compara com o limite de 5000 milhões de euros inscrito no orçamento que vigora este ano.

Muitos destes empréstimos destinam-se a cobrir necessidades de financiamento de empresas públicas ou entidades inscritas na esfera das administrações públicas.

Nas operações de crédito que este montante pode abranger incluem-se eventuais valores para a capitalização de juros. Para o limite dos 5000 milhões de euros não contam, no entanto, “os montantes referentes a reestruturação ou consolidação de créditos do Estado”. Nesse caso, o tecto é aumentado pelos reembolsos dos empréstimos que venham a acontecer no próximo ano.

Àquele limite soma-se ainda uma fatia que pode ir, no máximo, até aos 500 milhões de euros para a concessão de empréstimos pelos serviços e fundos autónomos na administração pública.

Já o limite máximo para a concessão de garantias estatais fica nos 3000 milhões de euros, menos 2000 milhões do que o tecto fixado para este ano.

De fora deste limite ficam as “operações resultantes de deliberações tomadas no seio da União Europeia” e as operações que sejam realizadas para o apoio à recuperação das aplicações de clientes do Banco Privado Português (BPP).

No caso das garantias concedidas “por outras pessoas colectivas de direito público”, o limite é de 110 milhões de euros, um tecto que aumenta em cem milhões de euros face ao valor previsto no orçamento relativo a 2014.

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