Costa pede "votação expressiva" que não permita "segunda volta" no congresso

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António Costa Nuno Ferreira Santos

O candidato às primárias do PS António Costa apelou nesta sexta-feira a uma “votação expressiva” que dê a maioria a “quem não faz da política um campo de batalha pessoal” e que não permita uma “segunda volta” no próximo congresso.

“É necessário uma votação muito expressiva (…) [para] resgatar os portugueses”, frisou o candidato durante o seu discurso no comício de encerramento de campanha que decorreu no Porto.

Para o autarca de Lisboa é crucial “dar uma maioria a quem não faz da política um campo de batalha pessoal mas faz da política um nobre, vivo e frontal debate e confronto de ideias”.

Costa defendeu que “a pior coisa que pode acontecer é que no resultado de domingo não fique claro e inequívoco que não há mais margem para mais adiamentos, para mais manobras dilatórias e que não fazer do congresso a segunda volta destas eleições primárias, porque o povo vai falar agora”.

“Agora ficará resolvido de uma vez por todas esta questão”, destacou o candidato, para quem “todos” os seus apoiantes têm de ir votar no domingo para “que não haja alguns que condicionem” a sua vontade.

Para o autarca de Lisboa é “absolutamente necessário” garantir que a “grande mobilização que tem existido” até agora, continue até domingo porque “quanto mais forem os militantes e simpatizantes a falar, mais claramente se fará ouvir a voz dos portugueses nesta escolha”.

“Não se trata de escolher o António Costa ou de dar força ao PS (…) trata-se de dizer à sociedade portuguesa que vamos vencer esta crise e construir um Portugal com futuro para todos os portugueses”, salientou.

O socialista aproveitou para acusar o Governo de “falta de visão de futuro e de visão estratégica” por “não investir” em áreas como a cultura, a ciência e a educação, necessárias para uma “economia competitiva”.

Costa, que também arrancou a campanha no Porto a 6 de Junho, ouviu no comício do Mercado Ferreira Borges os discursos de apoio de Manuel Pizarro, Margarida Tavares, Mário Barbosa e Augusto Santos Silva, que pediu uma “vitória clara e expressiva”.

O ex-ministro apelou a uma votação maciça em Costa e a um “derradeiro esforço de mobilização para que todos votem”, a fim de “dar uma nova força ao novo líder” e apelidou António José Seguro de “traído imaginário”.

Sobre Costa disse que “ele sabe liderar, sabe fazer pontes, consensos e fazer acontecer coisas”, deixando no ar a questão: “como compará-lo a quem nunca no governo fez nada (…) e agora na oposição, caracteriza-se por atacar mais os seus camaradas?”.

As eleições primárias no PS realizam-se no domingo e destinam-se a escolher o candidato do partido a primeiro-ministro.

Nestas eleições, poderão votar os cerca de 90 mil militantes do PS (quer tenham ou não as quotas em dia) e os simpatizantes que se tenham registado para o efeito até dia 12 de Setembro, cerca de 150 mil

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