António Lamas e a ida para o CCB: "O que defendi para Belém, está escrito"

O ainda presidente da Parques de Sintra não confirmou a mudança para o CCB mas ao PÚBLICO voltou a defender a aplicação do modelo de administração em Sintra à zona de Belém.

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Ainda a presidir à Parques de Sintra Monte da Lua, António Lamas falou pela primeira vez desde que na semana passada foi noticiado que vai dirigir o Centro Cultural de Belém (CCB), podendo ainda gerir um novo pólo que reúna todos os museus daquela zona. Apesar de não ter confirmado nem desmentido a informação, Lamas defendeu ao PÚBLICO que o modelo de gestão em Sintra é aplicável em Belém.

“O que defendi para Belém está escrito”, disse ao PÚBLICO António Lamas, à margem da inauguração do novo projecto museológico do Quarto D. Quixote, no Palácio Nacional de Queluz, referindo-se ao artigo de opinião publicado neste jornal em que defendia a aplicação do modelo da Parques de Sintra, empresa pública criada em 2000 para reunir e gerir o património do Estado da Paisagem Cultural de Sintra, à zona de Belém.

“O modelo da Parques de Sintra é a partir do Património gerar receitas que permitam reinvestir e melhorar e é esta experiência que eu acho que é útil aplicar ali [Belém]”, continuou Lamas, sem nunca responder se vai realmente para Belém e em que condições. Desde que na semana passada foi avançada esta informação que António Lamas se tem remetido ao silêncio.

Nesta quinta-feira, no entanto, o ainda presidente da Parques de Sintra confirmou a sua posição em relação ao projecto que o Governo estará a preparar para a zona de Belém e que passa por juntar numa só administração todos os museus e monumentos do eixo Belém-Ajuda. Lamas não quis comparar mas deu o exemplo de Sintra: “[O Palácio de] Queluz não é rentável. Mas o Palácio da Pena ou o Castelo dos Mouros são muito rentáveis. É a gestão conjunta que permite que os que têm mais gerem receitas para os que têm menos, é a redistribuição”.

Não se sabe quando é que esta mudança poderá acontecer e nem Lamas nem a sua assessoria o dizem. Lamas deixa a dúvida no ar e remete o assunto para “depois”. “Se sair da Parques de Sintra acho que deixamos bastantes projectos em curso”, defende, argumentando que “não é falsa modéstia”. “Acho que há muita coisa que vai continuar sem ser preciso que eu estimule, porque está já em grande velocidade.”

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