Esteve nas noites do Frágil? Espreite aqui

Bar-discoteca Lux lança site onde quer compilar fotografias e testemunhos das noites loucas do bar mais procurado nas décadas de 80 e 90 no Bairro Alto.

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Telão a cobrir a fachada em 1983 Mónica Freitas
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Miguel Esteves Cardoso e Carlos Quevedo em 1983 Mónica Freitas
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Zoe Melo em 1993 Luísa Ferreira
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Anamar, uma das famosas porteiras, em 1984 Mónica Freitas
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Margarida Martins, neste tempo conhecida como Guida Gorda, em 1983, outra das caras conhecidas que abria a porta do bar Mónica Freitas
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Pedro Cabrita Reis com a sua intervenção no bar Mónica Freitas
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Multidão cá fora numa festa em 1993 Luísa Ferreira
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Rita Barros, 1990 Luísa Ferreira
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Rita Blanco e João Botelho Luísa Ferreira
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António Variações em 1982 José Soares
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Maria de Medeiros em 1988 Mónica Freitas
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João Oliveira, 1984 Mónica Freitas
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Manuela Gonçalves e Filipe Faísca em 1995 Luísa Ferreira
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Al Berto, 1993 Luísa Ferreira
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Tereza Coelho, Augusto M. Seabra, António Variações, 1983 Mónica Freitas
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João Pinto Nogueira e Leonaldo de Almeida, 1985 Mónica Freitas
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Fernando Salvador e Margarida Grácio Nunes. Ao centro, Zé da Guiné Mónica Freitas

Mais do que o Bairro Alto, revolucionou a noite lisboeta. Foi o ponto de encontro de artistas, jornalistas, políticos, intelectuais. Mais de 30 anos depois da sua abertura, é criado um site onde se podem ver algumas fotografias do tempo em que o Frágil era o local mais concorrido de Lisboa.

Foi em Junho de 1982, numa altura em que o Bairro Alto era então uma zona marginalizada, que na Rua da Atalaia abriu portas o bar que ajudou a definir os anos 80 portugueses e por onde passaram desejos de modernidade e cosmopolitismo. As noites do Frágil, que ainda agora são recordadas, inspiraram escritores, músicos e artistas.

“10 da manhã. Abro a janela. Acendo a rádio e nisto ouço a canção que ouvíamos e dançávamos no Frágil. Não sei o título da canção, nem quem a canta. Sinto-me longe daqui, por um instante”, escreveu Al Berto em Sines a 21 Julho 94 (Diários, Assírio & Alvim). O site do projecto pô-la como frase de abertura. Podia também estar a letra da canção "Frágil". de Jorge Palma: "Frágil/ Esta noite estou tão frágil/ Frágil."

Como Al Berto, muitos outros passaram por ali. Muitas histórias há para contar. É por isso que agora foi criado o fragil.luxfragil.com, para o qual todos são convidados a contribuir. “Existe para isso: mostrar, recolher, organizar e ampliar um arquivo de imagens, texto, e o que mais se for encontrando, sobre aqueles anos, naquele sítio”, lê-se no texto de apresentação do site, que periodicamente publicará mais material.

E vale tudo: fotografias, diapositivos, negativos, filmes, ou outros documentos e até memórias e testemunhos partilháveis. “Sem nostalgias vaidosas ou passadismos inúteis, achamos que esse material poderá ser uma base de dados útil para ajudar a perceber, a contar e a lembrar uma parte da história recente desta cidade, neste país”, lê-se no site.

Manuel Reis, o mentor do Frágil, deu por terminado o seu trabalho no Bairro Alto em 1997. Mudou-se para a beira Tejo e inaugurou em 1998 o Lux. 

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