Modernização das escolas de Lisboa concluída "nos próximos dois, três anos"

O programa Escola Nova inclui 115 intervenções e um investimento de 94 milhões de euros.

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As obras no Convento do Desagravo, que vai ser a maior escola do 1.º ciclo da cidade, devem estar concluídas no primeiro trimestre de 2015 Enric Vives-Rubio

Lançado em 2008 e com conclusão inicialmente prevista para 2011, o programa Escola Nova, que tem como objectivo modernizar o parque escolar sob gestão da Câmara de Lisboa, só deverá afinal estar concluído “nos próximos dois, três anos”. Esta é a previsão de António Costa, que admite que o programa tem vindo a prosseguir “a um ritmo mais lento do que o desejável”.

Para explicar o atraso na sua conclusão, o presidente da câmara invoca “o ritmo do que tem atingido o país, as finanças municipais e a capacidade das empresas”, lembrando que nos últimos anos têm sido várias as situações de obras municipais interrompidas devido à falência das empresas às quais as empreitadas foram adjudicadas.

Segundo António Costa, durante os seus mandatos foram construídas nove escolas de raiz, foram “integralmente reabilitadas” oito e “profundamente intervencionadas” 42. Neste momento, diz, há oito empreitadas em curso e duas grandes obras por finalizar: a instalação de uma escola no Convento do Desagravo, junto ao Panteão Nacional (que já está em curso e tem conclusão prevista para o final do primeiro trimestre de 2015) e de outra no antigo Tribunal da Boa Hora.

“Nos próximos dois, três anos estará tudo concluído, se nada de estranho acontecer”, concluiu o autarca socialista. Segundo informações disponíveis na página da câmara na Internet, o programa Escola Nova “tem um valor total aproximado de 94 milhões de euros” e inclui um conjunto de 115 intervenções.  

Esta terça-feira, a vereadora da Educação, Graça Fonseca, desloca-se à Escola de Ensino Básico e Jardim de Infância Luz/Carnide, na Rua Maria Brown, para dar a conhecer as obras de beneficiação geral e arranjos exteriores aí realizadas. De acordo com a assessoria de imprensa do município, estão em causa trabalhos no valor de 1,039 milhões de euros, que incluíram “nova cobertura, novo revestimento exterior, mobiliário, cozinha equipada com capacidade de confecção própria, novas casas de banho, sistema de climatização e ar condicionado de raiz, espaços para arrumos e espaço de ginásio com balneários e instalações sanitárias para alunos com acessibilidade condicionada”.

“Também o espaço exterior envolvente foi alvo de profunda intervenção, com a criação de zonas de sombra, novos brinquedos de recreio e repavimentação completa”, acrescenta-se nas informações enviadas ao PÚBLICO. Neste ano lectivo, esta escola tem matriculados 202 alunos, dos quais 25 no jardim-de-infância e 177 no primeiro ciclo.

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