Na Feira do Livro do Porto já não há pavilhões com o nome da LeYa

Feira do Livro está instalada nos jardins do Palácio de Cristal até 21 de Setembro.

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Adriano Miranda

Há uma semana, a um dia da inauguração da Feira do Livro do Porto, três pavilhões estavam identificados com o nome LeYa. No dia da inauguração, o nome já tinha sido substituído por Calendário das Letras, a entidade que, efectivamente, tinha contratualizado os pavilhões. Francisco Madruga, da Calendário das Letras, explica que tudo não passou de um mal-entendido.

“Como temos muitos livros que a LeYa representa, pusemos [o nome do grupo nos pavilhões] porque entendemos que era uma forma de chamar a atenção. Somos clientes importantes deles e achamos que era uma mais-valia, mas a Câmara do Porto chamou-nos a atenção e a própria LeYa pediu-nos para substituirmos a inscrição, porque, efectivamente, eles não se inscreveram. Percebemos que não fazia sentido usarmos o nome e substituímo-lo”, explicou ao PÚBLICO Francisco Madruga.

A Calendário das Letras, instalada no fim da Avenida das Tílias ocupa 10 pavilhões e, até quinta-feira passada, quando o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e o vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva, visitaram o local, três destes expositores, com os números 67, 68 e 69 ostentavam o nome da LeYa. Francisco Madruga diz que foi alertado por responsáveis da autarquia, logo após a visita, para a possibilidade de o nome nos pavilhões poder causar alguma confusão. Pouco depois, no mesmo dia, seria a própria LeYa a pedir ao livreiro para que retirasse a referência ao grupo editorial. “Todos os expositores podem ter livros de qualquer editora e, efectivamente, quer a LeYa quer a Porto Editora não se inscreveram”, afirma Francisco Madruga.

Depois de ler a notícia do PÚBLICO que referia a presença do grupo na Feira do Livro do Porto, fonte da LeYa frisou que o grupo editorial não se inscreveu no evento. “A LeYa não está presente nem se fez representar na Feira do Livro do Porto, decisão que entendemos ser a mais adequada enquanto membros da direcção da APEL [Associação Portuguesa de Editores e Livreiros]. No entanto nada obsta a que outros livreiros e distribuidores tenham livros das nossas editoras à venda durante este evento”, esclareceu, por escrito, o director de comunicação do grupo, José Menezes.

A meio da duração da feira - organizada pela primeira vez, em exclusivo, pela Câmara do Porto e pela empresa municipal Porto Lazer, depois da quebra de negociações com a APEL -, a organização indica que até ao final do dia de terça-feira passaram pelos jardins do Palácio de Cristal “62 mil pessoas”.  Destas, 50 mil já tinham visitado os pavilhões de venda ou participado nos vários eventos da programação cultural criada pelo município até ao final de domingo. “Os livreiros dizem-nos que, por tradição, as segundas, terças e quartas-feiras são os dias mais fracos, mas que está a correr muito bem”, disse ao PÚBLICO fonte da Porto Lazer.

Francisco Madruga confirma. “No fim-de-semana houve muita gente e boas vendas. Os dias da semana são mais fracos, mas acredito que esta feira poderá ter valores indicativos idênticos à de Maio/Junho.”, diz.

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