Os dois novos administradores do Banco de Portugal (BdP), Hélder Rosalino e António Varela, assumiram nesta terça-feira, na reunião do Conselho de Administração, os pelouros de gestão interna e de supervisão prudencial, respectivamente, informou o regulador.

O ex-secretário de Estado da Administração Pública Hélder Rosalino fica, a partir de hoje, responsável pela "promoção de sinergias nas áreas da gestão interna, através da atribuição dos pelouros de recursos humanos, serviços administrativos e sistemas de informação", segundo um comunicado do BdP.

Já António Varela, o administrador não executivo do Banif escolhido quando o Estado injectou 1,1 mil milhões de euros no banco, fica responsável pela "supervisão prudencial e as questões relativas ao Mecanismo Único de Supervisão".

A supervisão prudencial estava, até aqui, a cargo do vice-governador Pedro Duarte Neves, que acrescenta agora à responsabilidade pelos estudos económicos e estatísticas o pelouro da estabilidade financeira.

O Banco de Portugal afirma que aprovou hoje uma nova distribuição de pelouros, que prevê a "separação e rotação das diferentes áreas da supervisão".

Assim, além da supervisão prudencial e da estabilidade financeira, a área da resolução fica a cargo do vice-governador José Berberan Ramalho (que continua também responsável pelo Fundo de Resolução) e a supervisão comportamental e a acção sancionatória ficam com o administrador João Amaral Tomaz.

Já Carlos Costa "manterá os pelouros directamente relacionados com o governo interno e as relações externas -- auditoria interna, gestão do risco e relações internacionais".

Hélder Rosalino e António Varela substituem dois ex-administradores que tinham já cessado funções anteriormente: José Silveira Godinho e Teodora Cardoso.

Os dois novos administradores foram indicados pelo Governo e, na quarta-feira, tomam posse no Ministério das Finanças.