Reviravolta da Dinamarca, estreia de Gibraltar e o fim do jejum da Irlanda do Norte

Dinamarqueses bateram a Arménia (2-1) e lideram Grupo I, da selecção portuguesa.

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Kyle Lafferty foi o herói da Irlanda do Norte Bernadett Szabo/Reuters

O Euro 2016 promete, pelo menos a julgar pelo arranque da qualificação para o torneio que vai ser organizado pela França. Foram apenas oito jogos, mas com abundantes motivos de interesse. A Dinamarca, adversária de Portugal no Grupo I, viu-se obrigada a dar a volta ao marcador frente à Arménia. A Irlanda do Norte fez história. A Escócia assustou a campeã do mundo Alemanha. E Gibraltar estreou-se oficialmente em jogos competitivos.

No Algarve, onde vai actuar na condição de anfitriã, a selecção gibraltina disputou pela primeira vez na história uma partida de apuramento para o Europeu, contra a Polónia. A primeira parte nem correu mal à formação orientada por Allen Bula, que chegou ao intervalo a perder pela margem mínima (golo de Grosicki). Mas o segundo tempo foi radicalmente diferente: os polacos acrescentaram cinco golos ao marcador e deixaram como memória a Gibraltar uma goleada. No mesmo grupo, a campeã Alemanha bateu a Escócia com “bis” de Thomas Müller, mas ainda sofreu um susto quando Anya marcou para os escoceses. E a República da Irlanda foi a Tbilisi bater a Geórgia por 1-2.

Também se escreveu história na Hungria, onde a Irlanda do Norte obteve a primeira vitória fora de casa em quatro anos. Os norte-irlandeses estiveram a perder mas conseguiram a reviravolta no marcador, vencendo fora de portas pela primeira vez desde Setembro de 2010, quando no apuramento para o Euro 2012 foram à Eslovénia ganhar por 0-1. Priskin marcou para a Hungria aos 75’, mas McGinn restabeleceu a igualdade aos 81’ e Lafferty rubricou o golo da vitória aos 88’. Assim como a Irlanda do Norte, também a Finlândia e a Roménia entraram a ganhar no Grupo F. Os finlandeses bateram as Ilhas Feroé por 1-3 e os romenos tornaram amarga a estreia de Claudio Ranieri como seleccionador da Grécia: com o benfiquista Samaris no “onze”, os gregos perderam 0-1.

Nos outros jogos do Grupo I, no qual está incluído Portugal, a Dinamarca recebeu e venceu a Arménia por 2-1, enquanto a Sérvia empatou 1-1 com a França, no primeiro dos jogos particulares que os bleus vão disputar com as equipas deste agrupamento. O mais recente encontro realizado em Copenhaga entre Dinamarca e Arménia tinha tido um desfecho que ninguém esperaria: há pouco mais de um ano, na qualificação para o Mundial 2014, os arménios silenciaram o Parken ao baterem os dinamarqueses por 0-4. A Havakakan, nome pela qual é conhecida a selecção arménia, voltou a ameaçar uma surpresa, mas a equipa orientada por Morten Olsen tinha aprendido a lição. O inevitável Mkhitaryan ainda adiantou a Arménia, depois de tirar dois adversários do caminho e rematar de fora da área. Mas o jovem Højbjerg, de apenas 19 anos, fez o 1-1 aos 65’, e aos 80’ surgiu o golo do triunfo: Kahlenberg, que tinha entrado poucos minutos antes, respondeu ao passe de Bendtner com um cabeceamento imparável.

Dick Advocaat recorreu a alguns velhos conhecidos do futebol português (Stojkovic, Mitrovic, Matic, Markovic e Djuricic) na estreia pela Sérvia: empate 1-1 frente à França.

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