PGR "contente" com acórdão que confirma "boa investigação" do MP

Joana Marques Vidal diz que com a decisão o MP viu reconhecido “aquilo pelo qual tinha lutado”.

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Joana Marques Vidal confirmou o arquivamento do processo NUNO FERREIRA SANTOS

A procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, manifestou-se nesta sexta-feira “contente” com o acórdão relativo ao processo “Face Oculta”, porque confirma a "boa investigação” do Ministério Público (MP), que viu reconhecido “aquilo pelo qual tinha lutado”.

“Fico, obviamente, contente por este acórdão, mas também fico contente por todos os acórdãos que, por esse país fora, vão dando a sua conformação àquilo que tinha sido a acusação do MP”, disse.

Segundo Joana Marques Vidal, com a decisão do Tribunal Judicial de Aveiro, o MP viu reconhecido “aquilo pelo qual tinha lutado, de acordo com o que estava no processo”.

“Nós não temos vitórias ou derrotas, nós temos decisões que podem confirmar que foi efectuado um bom trabalho e penso que, nesse aspecto, o MP hoje pode estar contente”, acrescentou.

A procuradora-geral da República salientou que o acórdão “veio confirmar que houve uma boa investigação, uma boa capacidade de articulação entre as polícias e, especialmente, entre a Polícia Judiciária e o MP”.

E a decisão prova que “houve uma boa capacidade também de, no âmbito dos julgamentos, apresentarem as provas e os elementos que tinham recolhido durante a investigação”, enfatizou.

Joana Marques Vidal falava aos jornalistas em Évora, após conferir posse ao novo procurador-geral Distrital de Évora, Alcides Manuel Rodrigues.

O processo "Face Oculta", cuja leitura do acórdão foi realizada hoje, está relacionado com uma suposta rede de corrupção que teria como objectivo o favorecimento do grupo empresarial de Manuel Godinho, nos negócios com empresas do sector empresarial do Estado e privadas.

Envolveu 36 arguidos - 34 pessoas e duas empresas - que responderam por centenas de crimes de burla, branqueamento de capitais, corrupção e tráfico de influência. Todos foram hoje condenados.

O sucateiro Manuel Godinho, principal arguido no processo, foi condenado a 17 anos e seis meses de prisão, em cúmulo jurídico, Armando Vara e José Penedos foram condenados a cinco anos prisão efectiva e Paulo Penedos, a quatro anos de prisão efectiva.

 

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