Candidatos à EGF terão mais tempo para contestar relatório de avaliação

Ministro do Ambiente diz que alargamento do prazo é por razões processuais e não de conteúdo.

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Moreira da Silva trabalhou na ONU como director no quadro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento durante três anos Pedro Cunha

Os candidatos à privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF) – o grupo estatal que gere a maior parte dos lixos urbanos do país – terão mais tempo para contestar o relatório de avaliação das propostas, que colocou um consórcio liderado pela Mota-Engil em primeiro lugar.

“Confirmo que, de facto, o prazo da audiência prévia foi prorrogado para a próxima semana, não por uma questão de conteúdo na avaliação das propostas, mas por uma questão de processo, uma vez que foi solicitado o acesso a toda a documentação por todos os candidatos", disse o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, esta quinta-feira, na conferência de imprensa do Conselho de Ministros.

A Parpública e a Águas de Portugal – a holding pública que detém a EGF – decidiram “facultar o acesso a todas as propostas aos candidatos envolvidos, e isso envolveu a prorrogação do prazo até ao início da próxima semana”, explicou o ministro.

No relatório de avaliação das propostas, a que o PÚBLICO teve acesso, o agrupamento SUMA, da Mota-Engil, aparece classificado em primeiro lugar, oferecendo 149,9 milhões de euros pelas acções da EGF.

A espanhola FCC fica em segundo, e o DST – grupo Domingos da Silva Teixeira – também ligado à construção, em terceiro lugar. Já o grupo belga Indaver foi desclassificado, por não ter cumprido várias disposições do caderno de encargos.

A EGF é accionista maioritária de 11 empresas que tratam dos resíduos sólidos urbanos de 60% da população. Os municípios detém participação minoritária nestas sociedades e estão a contestar a privatização, argumentando que as empresas foram criadas com a condição de serem sempre maioritariamente públicas.
 

  



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