BE pede esclarecimentos ao Governo sobre conflito com rendeiros na Herdade dos Machados

Deputada Helena Pinto quer saber qual o destino que o Ministério da Agricultura quer dar às terras.

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Azinheira na Herdade do Monte Barbeiro, perto de Mértola, com uma copa com 24,65 metros de diâmetro Associação Árvores de Portugal

Os contratos de arrendamento de 16 rendeiros que exploram courelas na Herdade dos Machados, cujo vínculo com o Estado foi denunciado em Maio pelo secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, por terem adquirido “voluntariamente a qualidade de reformados”, suscitaram um pedido de esclarecimento ao Governo por parte da deputada Helena Pinto, do Bloco de Esquerda (BE).

A deputada do BE pretende saber se o Ministério da Agricultura e do Mar vai persistir na intenção de resolver os contratos de arrendamento com base no facto de os rendeiros estarem reformados e qual o destino que pretende dar às terras deixadas pelos 16 agricultores.  

Helena Pinto critica ainda a tutela por “ignorar” a idade avançada dos agricultores e o facto de residirem nas áreas que estão obrigados a abandonar até ao próximo dia 31 de Outubro, frisando que se trata de arrendatários originais e que são os seus descendentes que cultivam estas terras. 

Num plenário de rendeiros realizado na Herdade dos Machados, na segunda-feira, foi exigido que a decisão governamental de denunciar os contratos de arrendamento seja de imediato anulada e que os contratos “passem como sempre aconteceu, de imediato para os seus herdeiros, filhos ou netos”. 

Realçam ainda que os 54 rendeiros com as parcelas de terra distribuídas por Sá Carneiro, suportam hoje “mais de 200 postos de trabalho”, número que pode “duplicar” com a extensão do regadio de Alqueva.

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